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Polícia

Pai e filha são baleados por agentes da PRF em Duque de Caxias (RJ)

“Nunca iria imaginar que um carro da PRF estivesse atirando em mim sem fazer abordagem", diz pai de jovem atingida na cabeça

Imagem da noticia Pai e filha são baleados por agentes da PRF em Duque de Caxias (RJ)
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Juliana Leite Rangel, de 26 anos, e seu pai, Alexandre Rangel, foram baleados por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense. O caso foi registrado na noite de terça-feira (24), véspera de Natal. Ela foi levada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) pela PRF e passou por cirurgia após ser atingida na região da nuca. O estado dela é gravíssimo.

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A família saía de Belford Roxo e seguia para uma confraternização em Niterói. O homem estava na pista da esquerda da rodovia Washington Luiz quando percebeu a aproximação rápida de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. Com isso, acionou a seta e foi para a direita.

O motorista foi atingido no dedo da mão. “Nunca iria imaginar que um carro da Polícia Rodoviária Federal estivesse atirando em mim sem fazer abordagem, sem mandar encostar”, lamentou Rangel.

Juliana Leite Rangel foi baleada na cabeça em ação da PRF. | Reprodução/Redes Sociais
Juliana Leite Rangel foi baleada na cabeça em ação da PRF. | Reprodução/Redes Sociais

30 disparos

Alexandre ainda afirmou que, mesmo após parar o veículo por causa dos disparos, os agentes continuaram atirando. No carro também estavam a esposa de Alexandre, outro filho, de 18 anos, e a namorada do jovem, de 16. Foram mais de 30 disparos, segundo uma testemunha.

Em determinado momento, ainda de acordo com a vítima, um dos policiais admitiu o erro na abordagem para um colega. Em um primeiro momento, os agentes alegaram que foram atingidos por disparos, mas o motorista nega e diz que “sequer tem arma”. Há uma pequena marca de um tiro no retrovisor da viatura da PRF. A viatura e o carro das vítimas foram levados para perícia.

A polícia investiga a autoria dos disparos. Em nota, a PRF disse que, na manhã desta quarta-feira (25), a Corregedoria-Geral da corporação, em Brasília, determinou a abertura de um procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência. Ainda de acordo com a nota, os agentes envolvidos foram afastados de forma preventiva de todas as atividades operacionais.

"A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação com e presta assistência à família da jovem Juliana", prossegue.

A PRF afirma estar colaborando com a Polícia Federal "no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso".

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