Exército: Eventuais punições a investigados por plano de golpe serão tomadas conforme decisões judiciais
Até aqui, três militares foram presos pela PF na Operação Tempus Veritates, que investiga tentativa de golpe de Estado
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O Exército Brasileiro informou, em nota enviada ao SBT News nesta segunda-feira (12), que eventuais punições disciplinares e outras providências internas em relação aos militares investigados pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento em um plano de golpe contra o governo eleito em 2022 serão tomadas em conformidade com as decisões da Justiça sobre o tema.
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Na semana passada, dois militares foram presos pela PF na Operação Tempus Veritates, deflagrada pela corporação para investigar organização criminosa que tentou dar golpe de Estado no Brasil, abolir o Estado Democrático de Direito e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. São eles Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; e Marcelo Câmara, coronel da Força. Militares de alta patente também foram alvos de busca e apreensão na operação, incluindo os ex-ministros e generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.
No domingo, outro mandado de prisão expedido contra um militar na apuração do plano de golpe foi cumprido: o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto foi detido após chegar no Brasil vindo dos Estados Unidos.
Na nota enviada à reportagem nesta segunda, o Exército ressalta que as investigações sobre o plano estão a cargo de inquérito determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e conduzido pela PF.
"O Exército, enquanto Instituição que prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República vem colaborando com as autoridades policiais nas investigações conduzidas. As providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto".
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, já ordenou o afastamento de sete militares da ativa de suas funções do Exército, no âmbito do inquérito.