Polícia de SP prende homem que alugava apartamentos de luxo para furtar móveis

A polícia de São Paulo prendeu nesta terça-feira (9) um criminoso que aplicava um golpe difícil de imaginar: ele alugava apartamentos de luxo mobiliados e, dias depois, furtava todos os móveis.

Quem vê a imagem da câmera de segurança do condomínio, em Guarulhos, na Grande São Paulo, pensa que é uma simples mudança. Mas era um crime. O suspeito que aparece carregando os móveis é Cleiton Tischer, de 51 anos, um foragido da Justiça por tráfico de drogas que passou a aplicar golpes do falso aluguel.

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Segundo a polícia, Cleiton procurava sempre imóveis mobiliados para alugar. Por ordem da Justiça, o telefone dele foi grampeado. Em uma das gravações, o criminoso pergunta sobre um apartamento de três dormitórios, confirma o valor do aluguel e se interessa em saber se o imóvel é mobiliado. Ele também questiona sobre a possibilidade de apresentar fiador de Guarulhos.

De acordo com o delegado Fábio Sandrin, o golpista usava sempre documentos falsos. “Ele também já arrumava algum seguro fiança pra ludibriar a fiscalização e aparentar uma garantia que seria idônea a locação. Mas ele contata com a fragilidade na checagem na documentação, que permitia que com o documento falso obter essa locação desse imovel”, disse o delegado.

Prejuízo

“Um parente meu que mora no prédio disse que estavam subtraindo os móveis do apartamento. Entrei em contato com a imobiliária, que ligou para ele, e o criminoso falou que retirou o sofá para higienização, mas depois passou a retirar outros móveis”, contou uma das vítimas. O prejuízo foi de R$ 20 mil.

Nesta terça-feira, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão nos endereços de Cleiton. Foram recuperados apenas uma mesa e um sofá. O foragido acabou preso. “Estou respirando tranquilo. Tive o prejuízo, mas pelo menos ele está no lugar que merece”, completou a vítima.

Agora, a polícia quer identificar quantas pessoas caíram no golpe do falso aluguel. No celular de Cleiton foram encontrados contratos e consultas para locação de mais imóveis.

Segundo os investigadores, o criminoso demonstrava confiança de que não seria preso. Ele andava com uma “Oração da Invisibilidade”, que, segundo a crença, tornaria seus “passos ocultos”. Desta vez, porém, a proteção não funcionou.