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Política

Lula diz que Bolsonaro não é inocente e usou filho para tramar contra o Brasil

Deputado Eduardo Bolsonaro, que pediu licença em março para ir aos EUA, continua com mandato ativo mesmo acumulando faltas

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Presidente Lula
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar, nesta terça-feira (9), sobre o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento realizado em Manaus (AM), Lula afirmou que o ex-presidente "não é inocente" e que usou o filho Eduardo Bolsonaro para tramar contra o Brasil.

"Nós estamos vivendo um momento delicado no Brasil. Você está vendo um brasileiro, que foi candidato eleito pelo povo brasileiro, que cometeu as burrices que cometeu, que sabe que cometeu, que está sendo julgado e que mandou o filho para os Estados Unidos pedir para o governo Trump taxar o Brasil", disse Lula.

+“Jamais houve anistia feita em proveito dos altos escalões do Poder”, afirma Dino

"Esses caras tiveram a pachorra de mandar gente para os Estados Unidos para falar mal do Brasil e para condenar o Brasil. [Ele está] tentando dizer que o pai dele é inocente. O pai dele não é inocente. O pai dele tentou dar um golpe de Estado", acrescentou.

Deputado federal pelo PL, Eduardo pediu licença do cargo em março, quando decidiu se mudar para os Estados Unidos. A licença terminou em 20 de julho e, desde então, ele soma faltas faltas na Câmara dos Deputados e pede autorização para continuar exercendo o seu mandato de maneira remota.

No final de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma taxa de 50% aos produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos, medida tomada em retaliação pelo julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. À época, Eduardo afirmou que considerava o tarifaço uma ação "legítima". Desde março, Eduardo tem conversado com autoridades americanas para convencê-las a a impor sanções ao Brasil.

Ainda no evento em Manaus, Lula fez referência à suspeita de que o plano de golpe de Estado, o "Punhal Verde Amarelo", tinha como objetivo não só o golpe em si, mas o assassinato de autoridades. O documento previa o assassinato dele mesmo, bem como de seu vice, Geraldo Alckmin (PSDB), além de Moraes.

Segundo investigação da Polícia Federal, o plano envolvia seis militares das Forças Especiais, conhecidos como "Kids Pretos" e só teria fracassado pela falta de adesão por parte dos comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior. Ainda de acordo com a investigação, integrantes das Forças Armadas tentaram, por mais de uma vez, convencer ambos a aderir à ideia.

"O pai [Bolsonaro] estava arquitetando matar o Lula, matar o Alckmin, matar o Alexandre de Moraes", afirmou Lula. "Não adianta ficar pedindo anistia. Ele [Bolsonaro] nem foi condenado ainda. Ao invés de estar se defendendo e dizendo que é inocente, já estão pedindo anistia."

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