Governo Trump condena ataque de Israel contra o Catar
Forças israelenses lançaram ofensiva contra funcionários do alto escalão do Hamas em Doha, capital do país arabe que é aliado próximo dos Estados Unidos

Sofia Pilagallo
O governo Trump condenou, nesta terça-feira (9), a decisão de Israel de lançar um ataque em Doha, capital do Catar, contra membros da alta cúpula do Hamas, alvejados com armas de alta precisão.
Em declaração a repórteres na Casa Branca, a secretária de imprensa Karoline Leavitt disse que "eliminar o Hamas" é um "objetivo nobre", mas bombardear o Catar, aliado próximo dos Estados Unidos, não promove os objetivos de Israel ou do país norte-americano.
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"Bombardear unilateralmente dentro do Catar, uma nação soberana e aliada próxima dos Estados Unidos, que está trabalhando arduamente para corajosamente assumir riscos conosco para negociar a paz, não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos", declarou Karoline. "Eliminar o Hamas, que lucrou com a miséria dos que vivem em Gaza, é um objetivo nobre."
Questionada pelos repórteres se os Estados Unidos foram informados por Israel sobre o ataque, ou se suas forças militares souberam por meios próprios, Karoline preferiu não responder. Ainda segundo a secretária de imprensa, assim que souberam do ataque, os Estados Unidos alertaram o Catar.
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De acordo com Karoline, Trump acredita que o ataque, que ele chamou de um "incidente infeliz", poderia servir como "oportunidade para a paz". Após o episódio, ele conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o emir do país do Golfo, Tamim ben Hamad Al Thani.
Diversos países árabes, além da Organização das Nações Unidas e o Papa Leão 14, condenaram o ataque. O diretor-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a ofensiva constitui uma "violação da soberania territorial flagrante", enquanto o pontífice disse que a investida criou "uma situação muito séria".








