Exclusivo: leia depoimento coletado pela polícia sobre explosão no STF
Testemunha relatou "modus operandi" do homem morto após explodir uma bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal
Uma testemunha ouvida pela Polícia Civil do Distrito Federal relatou o "modus operandi" do homem morto após explodir uma bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal, na noite desta quarta-feira (13), em Brasília.
Segundo o relato, Francisco Wanderley Luiz:
- Se aproximou e ficou parado em frente à estátua;
- Trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua.
- Retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem.
A testemunha afirma ter visualizado um abjeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba.
O homem, então:
- Pegou um extintor, desistiu e o colocou no chão.
- Saiu com os artefatos para lateral e lançou dois ou três artefatos, que estouraram.
Ainda segundo o depoimento, o segurança estava sozinho no momento da aproximação do alvo e solicitou o apoio de imediato.
A testemunha relata que as explosões no STF e no estacionamento da Câmara aconteceram em momentos bem próximos, mas que ouviu apenas o barulho e não visualizou detalhes.
De acordo com o relato, na lateral da estátua:
- O indivíduo deitou no chão e acendeu o ultimo artefato;
- Ele colocou o artefato na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão.
A testemunha finaliza dizendo que sabia que havia algo no corpo do indivíduo, mas não sabia se havia outro artefato com ele.
No depoimento, a testemunha também não soube dizer se houve a participação de mais algum elemento no evento.
O que se sabe sobre a identidade do homem morto na explosão?
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou, durante coletiva de imprensa, logo após o incidente, que ainda não há confirmação sobre a autoria das explosões, mas que as forças de segurança investigam o nome do candidato a vereador em Rio Sul, em Santa Catarina pelo PL em 2020, Francisco Wanderley Luiz, como um dos principais suspeitos.
A Polícia Civil do Distrito Federal vai apurar se o homem que morreu após explosão na frente do Supremo Tribunal Federal é o autor de ameaças contra autoridades nas redes sociais. Segundo a governadora em exercício, a identidade dele só poderá ser confirmada após a perícia do corpo, mas uma das hipóteses é que o dono do carro seja o autor das explosões e a vítima delas. O veículo que explodiu estava estacionado em um anexo da Câmara dos Deputados.