“Estamos tratando de uma gastroenterocolite aguda", diz Secretaria de Saúde de SP sobre surto de virose
Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES) reuniu representantes dos nove municípios da Baixada Santista
SBT News
com informações da VTV
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES) reuniu os representantes dos nove municípios da Baixada Santista para definir estratégias de enfrentamento ao surto de gastroenterocolite aguda.
A pasta pretende organizar notificações, coletas de amostras e medidas preventivas diante do aumento de casos registrados na região, que antes eram tidos como virose.
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Segundo a coordenadora da Coordenadoria de Controle de Doenças da SES Regiane de Paula, ainda não é possível determinar a causa exata do surto. “Estamos tratando de uma gastroenterocolite aguda, mas ainda investigamos se a origem é viral, bacteriana ou parasitária”, explicou à VTV, afiliada do SBT na Baixada Santista
Gastroenterocolite na Baixada Santista
De acordo com a coordenadora, entre os sintomas da gastroenterocolite estão diarreia e vômito, com possibilidade de febre. O maior risco, no entanto, é a desidratação, especialmente em crianças, idosos e pessoas com a saúde fragilizada.
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O consumo de alimentos em locais de procedência duvidosa pode aumentar o risco de contaminação. “É fundamental reforçar a higienização das mãos, o uso de álcool em gel e evitar alimentos de origem desconhecida, principalmente na praia”, orienta Regiane.
O Instituto Adolfo Lutz é responsável por analisar as amostras coletadas nos municípios paulistas. O tempo de análise pode variar conforme o agente etiológico. “Resultados para vírus podem ser mais rápidos, mas para bactérias, o processo pode levar mais tempo”, destaca Regiane.
As equipes de vigilância epidemiológica também foram orientadas a intensificar as ações de prevenção.
A Secretaria Estadual de Saúde assegura que está empenhada em fornecer respostas rápidas e precisas à população. “Trabalhamos em conjunto com vigilâncias municipais e estaduais para identificar a origem do surto e estabelecer medidas eficazes”, reforçou Regiane.
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Vazamentos de esgoto, que podem estar relacionados ao surto, estão sendo investigados. A Prefeitura de Guarujá aponta o extravasamento de esgoto clandestino no mar como possível fator contribuinte.
Por outro lado, a Sabesp, responsável pelo saneamento na região, afirmou que não foram encontrados problemas na rede de esgoto. Em nota, a companhia garantiu que “o surto de gastroenterocolite não tem relação com a operação da empresa”.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo ressalta que o verão e as altas temperaturas contribuem para o aumento de casos de doenças transmitidas por água e alimentos. “Essas condições favorecem o crescimento de agentes patogênicos, aumentando a necessidade de cuidados preventivos”, explicou Regiane.