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Saúde

Surto de virose: pessoas que não estavam na praia podem pegar a doença? Como evitar?

Se eu morar com alguém que foi contaminado, é possível evitar a transmissão? Veja dicas de especialistas ouvidos pelo SBT News

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Quase 5 mil pessoas procuraram hospitais após contaminação no litoral de SP | Reprodução
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Com o surto de virose que atingiu parte do litoral de São Paulo e de Santa Catarina, muitas dúvidas vêm surgindo entre as pessoas: posso ser contaminado(a) mesmo sem ter ido à praia, só tendo contato com pessoas que vieram das regiões afetadas? Como evitar a contaminação?

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De acordo com o infectologista Marcelo Neubauer, o tipo de vírus que causou o surto ainda não é conhecido e está sendo investigado pelo Instituto Adolfo Lutz, o que ainda gera dúvidas sobre como ocorre a transmissão da doença. Mas, provavelmente, segundo ele, trata-se de um enterovírus (vírus intestinal). Por isso, há hipóteses sobre sua transmissão.

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"Muito possivelmente essa transmissão é do tipo fecal-oral, ou seja, a pessoa elimina os vírus nas fezes e as pessoas são contaminadas pela ingestão de água ou alimentos contaminados, por exemplo. A contaminação por vias respiratórias, no momento, parece menos provável", explica.

Um ponto importante destacado pelo especialista é que as pessoas contaminadas só transmitem a doença antes de manifestarem os sintomas, que incluem náusea, vômito, cólicas e diarreia.

"Com um ou dois dias de sintomas, não há mais transmissão. Mas a gente só vai ter certeza disso a hora que identificarmos de qual vírus se trata".

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Como evitar infecções?

Neubauer ressalta que é preciso manter o máximo de rigor em termos de higiene: lavagem de mãos, de objetos de uso pessoal, do banheiro e, principalmente, do assento sanitário.

André Augusto Pinto, cirurgião do aparelho digestivo da clínica Gastro ABC, explica que essas viroses são comuns nesta época do ano por causa do calor e pelo armazenamento inadequado dos alimentos. Por isso, é essencial ter cuidados específicos.

"A gente tira os alimentos da geladeira, deixa fora muito tempo, principalmente os alimentos mais sensíveis, como laticínios, leite, derivados de leite, ovos, alguns tipos de carne e frutos do mar. Se você deixou muito tempo esses alimentos fora da geladeira, não volte a colocá-los na geladeira", orienta.

De acordo com o especialista, a aglomeração que ocorre nesse período de celebrações também contribui para o aumento de casos. "Se uma pessoa se contamina, toda vez que ela mexe nos alimentos ou come alguma coisa, ela pode contaminar outras pessoas", explica.

Por isso, ele também reitera que é essencial garantir a refrigeração adequada dos alimentos e o consumo de água apenas de fontes seguras.

Veja outras orientações

  • Evite alimentos mal cozidos;
  • Leve seus próprios lanches durante passeios ao ar livre;
  • Observe bem a higiene de lanchonetes e quiosques;
  • Tenha atenção redobrada com comidas em self-service;
  • Não consuma gelo, "raspadinhas", "sacolés", sucos e água mineral de procedência desconhecida.

O que fazer se eu for contaminado?

Em caso de contaminação, a indicação é se hidratar com água, sucos, isotônicos e água de coco, além de manter uma alimentação leve.

A recomendação médica é tratar os sintomas em casa, com exceção de crianças muito pequenas e idosos, que podem apresentar complicações. Os sintomas costumam durar em média três dias.

Dicas para os banhistas: evite praias impróprias

Outra medida importante é atenção à qualidade da água do mar antes de se banhar no litoral paulista. É possível conferir a situação no aplicativo ou site da Cetesb.

As praias também são sinalizadas com bandeiras de acordo com a qualidade. De acordo com a Cetesb, a orientação é que a população evite entrar no mar se a praia estiver classificada com a cor vermelha, indicando condição imprópria. Também não é recomendado o banho na água 24 horas após as chuvas.

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