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Surto de virose em alta temporada lota hospitais do litoral de São Paulo

Em toda região, quase cinco mil pessoas buscaram atendimento hospitalar. Guarujá lidera números, com mais de 2 mil pessoas atendidas

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Surto de virose no litoral sul de São Paulo: Quase 5 mil pessoas procuraram hospitais | Foto: Reprodução
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O litoral Sul de São Paulo enfrenta um grande surto de virose nos primeiros dias do ano. Em toda a região litorânea, até agora, são quase cinco mil pessoas que buscam ajuda médica para tratar infecção viral.

A combinação de altas temperaturas, aglomeração e a manipulação inadequada de alimentos são apontadas como as principais causas para o surto. Embora os sintomas mais comuns sejam febre, náuseas, dores no corpo e sintomas gastrointestinais, como vômitos e diarreia, que duram poucos dias, algumas infecções podem se agravar em pessoas com baixa imunidade.

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No Guarujá, que é a cidade com o maior número contaminados até agora, mais de dois mil atendimentos foram registrados. Já Bertioga registrou um aumento considerável de casos de diarreia no final de dezembro, chegando a 115 casos entre os dias 22 e 31. Em Mongaguá, o aumento nos atendimentos foi de 10% nas unidades de saúde, com a desinteria, uma forma grave de diarreia com sangue, sendo o principal sintoma. Esses casos foram atribuídos ao grande fluxo de turistas que visitam as praias da região nesta época.

Para enfrentar o surto, as prefeituras adotaram medidas para ampliar a capacidade de atendimento. No Guarujá, as Unidades de Saúde da Família tiveram seu horário ampliado até 5 de janeiro, funcionando até as 22h. A cidade também mantém unidades de Pronto-Socorro abertas 24 horas. Em Santos, onde os atendimentos também aumentaram em dezembro e janeiro, as autoridades de saúde reforçaram as orientações sobre cuidados básicos para prevenir a virose.

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Preocupada com o aumento dos casos, a Prefeitura de Guarujá destacou que acionou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para apurar existência de vazamentos ou esgotos irregulares nos canais da cidade, principalmente na Praia da Enseada. Em resposta à solicitação, a Sabesp informou que equipes atuaram rapidamente para regularizar o funcionamento da rede de esgoto das duas cidades. Segundo a companhia, os serviços foram concluídos com a limpeza e higienização do local.

Por que as viroses são comuns?

Existem vários fatores que contribuem para a alta incidência dessas doenças, que se manifestam em épocas de maior circulação de pessoas, ambientes que favorecem a propagação de doenças:

+ Contágio fácil: Os vírus se espalham rapidamente através do contato com pessoas infectadas, objetos contaminados ou através do ar, como no caso de resfriados e gripes. Como também podem ser transmitidos por meio da ingestão de alimentos ou água sem tratamento adequado.

+Ambientes aglomerados: Em locais com grande concentração de pessoas, a transmissão de vírus se torna ainda mais eficiente. A aglomeração favorece o contato entre as pessoas, facilitando a disseminação.

+Falta de higiene: Na maioria dos casos, a falta de práticas simples de higiene, como lavar as mãos e evitar o compartilhamento de utensílios, são os grandes facilitadores para contágio.

Cuidados para evitar a infecção

O médico André Augusto Pinto, cirurgião do aparelho digestivo, da clínica Gastro ABC, explica que essas viroses são comuns nesta época do ano por causa do calor e pelo condicionamento inadequado dos alimentos. Por isso, é essencial tomar alguns cuidados.

"A gente tira os alimentos da geladeira, deixa eles fora muito tempo, principalmente os alimentos mais sensíveis, como laticínios, leite, derivados de leite, ovos, alguns tipos de carne e frutos do mar. Se você deixou muito tempo esses alimentos fora da geladeira, não os retorne à geladeira", orienta.

De acordo André Augusto, a aglomeração que ocorre nesse período de celebrações também contribui para o aumento de casos. "Se uma pessoa se contamina, toda vez que ela mexe nos alimentos ou come alguma coisa, ela pode contaminar outras pessoas", explica.

A orientação é bem lavar as mãos com frequência, garantir a refrigeração adequada dos alimentos e o consumo apenas de água de fontes seguras. E em caso de contaminação, se hidratar com água, sucos e água de coco, além de manter uma alimentação leve.

A recomendação médica é tratar os sintomas em casa, com exceção de crianças muito pequenas e idosos, que podem apresentar complicações. Os sintomas costumam durar em média três dias.

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