Curso de eletrônica e clube de leitura: jornal inglês detalha vida de Robinho na prisão
Em entrevista para o portal britânico, o advogado de Robinho, Mario Rosso Vale, afirma que o ex-jogador é um preso modelo na instituição
Antonio Souza
Desde o final de março, Robinho está na prisão de Tremembé, interior de São Paulo, e tem participado de diversas atividades no local. O jornal britânico "The Sun" publicou, nesta segunda-feira (10), detalhes da vida do ex-jogador na cadeia, condenado há 9 anos de prisão por estupro.
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Segundo o portal, Robinho tem feito cursos de eletrônica básica pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB), onde tem aprendido a consertar TVs, rádios e outros eletrodomésticos. Ele também se ofereceu para dirigir um programa de leitura, que distribui 500 livros por mês para outros presidiários.
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O advogado de Robinho, Mario Rosso Vale, afirma que o ex-jogador é um preso modelo na instituição. Segundo ele, Robinho tem tido conduta exemplar.
"Robinho está mantendo a cabeça baixa e seguindo em frente silenciosamente. Ele está sendo um presidiário exemplar e não teve problemas com outros presos. Ele está se mantendo ocupado. Ele se inscreveu em um curso de eletrônica aprendendo a consertar TVs e rádios. Ele tem que fazer 600 horas de aprendizado remoto para se qualificar nessa área. É difícil dizer se ele está gostando ou não, mas está ajudando a passar o tempo", disse o advogado do ex-jogador, Mario Rosso Vale, ao tablóide inglês.
Relembre o caso
Uma jovem albanesa de 23 comemorava o aniversário em uma boate em Milão quando foi vítima de um estupro coletivo cometido por Robinho e amigos. Na época, em 2013, Robinho jogava no Milan. A condenação em primeira instância ocorreu em 2017, quando ele era jogador do Atlético-MG e, portanto, já não estava na Itália.
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O julgamento que culminou na condenação em terceira e última instância se deu em 2022, definindo pena de nove anos de prisão. Ricardo Falco, amigo do ex-atleta, também recebeu a mesma sentença.
De início, o governo italiano pediu a extradição de Robinho, mas a Constituição Federal não permite essa medida para brasileiros natos. O país europeu solicitou, então, a homologação da pena — ou seja, que o condenado cumpra a pena no Brasil.
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O STJ acatou a solicitação por maioria simples e homologou a sentença. Assim, o ex-atleta passaria a cumprir os nove anos em regime fechado imediatamente.
Votaram pela homologação da sentença o relator do caso, Francisco Falcão, e os ministros Humberto Martins, Herman Benjamin, Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Boas e Sebastião Reis. Raul Araújo e Benedito Gonçalves foram divergentes.