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Corpo de Arlindo Cruz será velado hoje na quadra do Império Serrano

Cerimônia começa às 18h, será em formato de gurufim e se estenderá até a manhã de domingo (10), quando artista será sepultado

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Arlindo Cruz
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O corpo do cantor Arlindo Cruz, morto aos 66 anos nesta sexta-feira (8), será velado neste sábado (9) às 18h, na quadra do Império Serrano, em Madureira, na Zona Norte do Rio.

A cerimônia será aberta ao público e será em formato de gurufim, se estendendo até a manhã de domingo (10), quando ocorre o sepultamento, às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade (Sulacap).

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De origem africana, gurufim é um tipo de velório com festa, muito comum entre sambistas. É uma tradição que mistura o luto com a alegria, celebrando a vida da pessoa falecida com música, dança e histórias.

Em comunicado conjunto, a família de Arlindo Cruz pediu às pessoas que forem a cerimônia, para que, preferencialmente, usem roupas claras, 'como símbolo da luz e da alegria que ele espalhou por toda a sua vida".

Confira o post no Instagram: https://www.instagram.com/p/DNHhpy2tfMK/

Desde 2017, Arlindo estava afastado dos palcos após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico. Ele deixa três filhos, Arlindinho e Flora Cruz, fruto do seu casamento com Babi Cruz, e Kauan Felipe.

O cantor foi uma das figuras centrais da renovação do samba nas últimas décadas. Filho de um músico do subúrbio carioca que tocou com Candeia, ele cresceu entre rodas de samba e blocos de carnaval. Sua trajetória se confunde com a história do gênero: nos anos 1980, ao lado do grupo Fundo de Quintal, foi responsável por modernizar o samba de raiz com a introdução de novos instrumentos e arranjos.

Ele teve sua vida revisitada na biografia "O sambista perfeito: Arlindo Cruz", escrita pelo jornalista Marcos Salles e lançada na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em junho deste ano.

A obra começa justamente pelos dias que antecederam o AVC, revisitando o momento mais delicado de sua vida. Em seguida, traça uma linha do tempo que leva o leitor à infância de Arlindo em Madureira, no Rio de Janeiro, passando por histórias pouco conhecidas: o pai músico que tocava com Candeia, o convívio com o Esquadrão da Morte, o período em que estudou na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena (MG), e sua estreia no grupo Fundo de Quintal, com o qual ajudou a modernizar e popularizar o samba a partir dos anos 1980.

Autor de clássicos como "Meu Lugar", "O Show Tem Que Continuar" e "O que é o Amor", Arlindo sempre foi mais do que um sambista: foi símbolo de resistência cultural, alegria e ancestralidade.

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