Conselho Federal de Medicina mantém cassação do registro médico de ex-vereador Jairinho
Ex-vereador não tem mais direito de entrar com recurso; investigação concluiu que ele agredia Henry Borel
Raíza Chaves
O Conselho Federal de Medicina manteve a cassação do registro médico de Jairo Souza Santos Junior, o ex-vereador Dr. Jairinho, por infração ao Código de Ética Médica no caso da morte do menino Henry Borel.
Após a decisão desta terça-feira (20), o ex-vereador não tem mais direito de recorrer.
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A entidade investigava se Jairinho negou assistência ao enteado, na época em que a criança morreu, no dia 8 de março de 2021. Ele está preso desde abril de 2021, acusado de matar o menino de 4 anos.
De acordo com a decisão, a exclusão de ex-vereador dos quadros médicos não trará Henry de volta, mas serve como um gesto de justiça em memória a morte da criança.
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Em 2021, na época do crime, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) já havia instaurado uma sindicância contra Jairinho pelo mesmo motivo. Ele está impedido de exercer a profissão desde junho do mesmo ano.
As investigações concluíram que Jairinho agredia o menino com chutes e golpes na cabeça, além da suspeita de tortura. Segundo a polícia, a mãe do garoto, Monique Medeiros, sabia das agressões.
Crime
Segundo o laudo médico na época, Henry chegou morto a um hospital da Zona Oeste do Rio, com hemorragia e edemas pelo corpo.
A mãe da criança Monique Medeiros também está presa. A professora é acusada de participação na morte do filho, junto com o ex-namorado, Jairinho, os dois são réus pela morte da criança.
Nas redes sociais, o pai de Henry, Leniel Borel, comemorou a decisão do CFM e disse: "Hoje vimos mais um capítulo da justiça sendo feita pelo nosso Henry".