Do dia do crime ao julgamento: relembre o caso do menino Henry Borel
Mãe e o padrasto do garoto são os principais suspeitos do assassinato da criança no Rio de Janeiro
SBT News
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Henry Borel, um garoto de 4 anos, chegou morto a um hospital da Zona Oeste do Rio de Janeiro na madrugada de 8 de março de 2021. A criança, que estava no apartamento onde a mãe morava com o padrastro, na Barra da Tijuca, apresentou hemorragia e edemas pelo corpo quando foi levado ao hospital.
O ex-vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry, são suspeitos de homicídio triplamente qualificado, tentativa de atrapalhar as investigações e ameaças às testemunhas do caso. Em 8 de abril, um mês após o crime, os dois foram presos. O casal alegou que o menino sofreu um acidente em casa, o que foi descartado pelo laudo da necropsia da criança e da reconstituição da noite no apartamento do casal.
O laudo informa que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática no fígado, causada por uma ação violenta. Além disso, a empregada e a babá da criança afirmaram, em depoimento à polícia, ter visto Henry mancando após agressões do Dr. Jairinho.
Na prisão, Monique Medeiros, mãe de Henry mudou a versão da história. Por meio de uma carta, divulgada em abril, a mulher escreveu que Jairinho é uma pessoa violenta e que viveu um relacionamento abusivo com o ex-vereador.
Em 30 de junho, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro cassou o mandato de Jairinho. A decisão foi unânime, 49 votos a zero. Em julho, o avô materno de Henry Borel morreu de covid-19 e a filha, Monique Medeiros, pediu para deixar o Instituto Penal Ismael Sirieiro, onde está presa, para acompanhar o sepultamento do pai, mas não conseguiu autorização da Justiça. Ainda em julho, no dia 20, Ministério Público denuncia Jairinho por estupro, lesões corporais e outros crimes de violência contra ex-namorada.
O julgamento do caso começou em 6 de outubro, no Rio de Janeiro. O pai da criança, Leniel Borel, que falou sobre a perda do filho ao SBT, vai ser ouvido nesta 4ª feira.
Dois dias antes do julgamento, em 4 de outubro, a Justiça do Rio determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jairinho e Monique Medeiros, os dois suspeitos de terem praticado o crime.