Bolsonaro pede que Moraes libere passaporte para ir à posse de Trump
Ex-presidente foi convidado para evento no dia 20, em Washington; essa é a terceira vez que ele solicita a devolução do documento retido pelo STF
Yumi Kuwano
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou, mais uma vez, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a devolução do seu passaporte e autorização para que ele possa sair do país e comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.
O evento será realizado em Washington, no próximo dia 20. Se for autorizado, Bolsonaro viaja entre 17 e 22 de janeiro.
O passaporte do ex-presidente foi retido pela Justiça em 8 de janeiro de 2024 após ele virar alvo do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado depois do resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente em 2022.
No pedido, os advogados argumentam que a viagem não oferece risco para as investigações e que ele pode passar todos os detalhes de sua agenda enquanto estiver fora do país.
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A defesa de Bolsonaro já pediu duas vezes a devolução do passaporte. Em outubro, os ministros da primeira turma do STF negaram o pedido por unanimidade. Antes, em março, Moraes já havia negado outro pedido, quando Bolsonaro recebeu um convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para visitar o país.
Em publicação na rede social X, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se pronunciou sobre convite. "@jairbolsonaro acaba de ser convidado por @realDonaldTrump para sua posse e de seu vice @JDVance, em 20 de janeiro! Seus advogados já peticionaram a Alexandre de Moraes solicitando seu passaporte de volta para que, assim, Bolsonaro possa comparecer ao evento em Washington DC, capital americana".
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Segundo o filho de Bolsonaro e advogados, o convite representa o reconhecimento "especialmente no fortalecimento de laços diplomáticos e na defesa dos valores democráticos e republicanos que unem as duas nações”.
Trump será o primeiro presidente condenado da história dos Estados Unidos após decisão da Suprema Corte, no caso de suborno envolvendo a ex-atriz pornô Stormy Daniels. A decisão, no entanto, não impôs punição ao republicano, que seguirá libre e na cadeira do Poder Executivo americano.
