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Brasil

Baixada Fluminense registrou 28 mortos e 17 feridos por tiros em apenas um mês

A cada três pessoas baleadas em toda região metropolitana do Rio de Janeiro, uma foi na Baixada Fluminense, segundo o Instituto Fogo Cruzado

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Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado revela que a cada três pessoas baleadas em toda a região metropolitana do Rio de Janeiro, uma foi na Baixada Fluminense. Em apenas um mês, 28 pessoas morreram e 17 ficaram feridas por disparo de arma de fogo em um dos 13 municípios que compõe a Baixada.

A vítima mais recente foi o empresário Wellington Alves da Silva, de 42 anos, no município de Nova Iguaçu. Segundo testemunhas, ele estava almoçando em um restaurante quando foi abordado por dois assaltantes, que chegaram em uma moto sem placa. Os bandidos queriam levar o cordão de ouro da vítima.

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O empresário reagiu à abordagem e chegou a entrar em luta corporal com os criminosos, mas acabou sendo atingido por três tiros. A Polícia Civil do Rio investiga o crime como latrocínio, o roubo seguido de morte.

Para o coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado, Carlos Nhanga, os altos índices de violência e de letalidade na Baixada Fluminense não se deve a um único fator.

"Para além das ações policiais, para além dessas disputas entre grupos armados, também têm situações de assassinatos por encomendas, execuções, homicídios, que fazem parte de uma triste realidade de uma população que já é historicamente afetada por isso", destaca Carlos Nhanga.

Dados do Instituto indicam ainda que a Baixada Fluminense é a segunda região com maior número de tiroteios mapeados no último mês: foram 48 registros, ficando atrás apenas da zona norte da capital, que teve 111 tiroteios.

De acordo com o levantamento, nos primeiros 7 meses do ano, foram registrados 1.454 tiroteios em toda a região metropolitana do Rio. O número de vítimas também é alarmante: 478 mortos e quase mil pessoas baleadas. Só em julho, o número de mortos subiu 9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

"A única resposta que o poder público consegue dar para combater isso são operações policiais, ações policiais, o que acaba também elevando o número de confrontos. Então, é um ciclo vicioso de guerra que se estabelece na Baixada colaborando para essa situação de violência", pondera o coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado, Carlos Nhanga.
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