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Covid-19: estudo identifica pacientes com linhagens diferentes ao mesmo tempo
Genomas distintos do vírus infectando o mesmo indivíduo é um dos fenômenos que está na base da evolução da doença, explicaram os pesquisadores brasileiros
SBT Jornalismo
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS), em parceria com o Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis (RJ), identificou casos de coinfecção em pessoas que tiveram Covid-19.
Foram observadas variantes diferentes atuando ao mesmo tempo nos organismos de dois pacientes participantes da pesquisa, que contou com 92 voluntários com idades entre 14 e 80 anos.
Isso significa que os vírus com diferentes sequenciamentos genéticos não tiveram a mesma origem de propagação.
Apesar da condição incomum, os pacientes coinfectados desenvolveram formas leves e moderadas da doença, e a recuperação foi realizada sem internação.
"A preocupação é porque a mistura de genomas de diferentes vírus coinfectando o mesmo indivíduo - a chamada recombinação - é um dos fenômenos que está na base da evolução de coronavírus", explicaram em nota os desenvolvedores da pesquisa.
Além disso, o Labinfo caracterizou cinco diferentes linhagens do novo coronavírus que estão circulando no estado gaúcho, inclusive a disseminação generalizada de uma variante na principal proteína do vírus que recebeu o nome E484K.
"É mais uma evidência que essas novas linhagens podem causar problemas mesmo em pessoas que já tenham uma imunidade prévia contra o Sars-Cov-2 [vírus da Covid]" , informou Fernando Spilki, coordenador da análise.
Foram observadas variantes diferentes atuando ao mesmo tempo nos organismos de dois pacientes participantes da pesquisa, que contou com 92 voluntários com idades entre 14 e 80 anos.
Isso significa que os vírus com diferentes sequenciamentos genéticos não tiveram a mesma origem de propagação.
Apesar da condição incomum, os pacientes coinfectados desenvolveram formas leves e moderadas da doença, e a recuperação foi realizada sem internação.
"A preocupação é porque a mistura de genomas de diferentes vírus coinfectando o mesmo indivíduo - a chamada recombinação - é um dos fenômenos que está na base da evolução de coronavírus", explicaram em nota os desenvolvedores da pesquisa.
Além disso, o Labinfo caracterizou cinco diferentes linhagens do novo coronavírus que estão circulando no estado gaúcho, inclusive a disseminação generalizada de uma variante na principal proteína do vírus que recebeu o nome E484K.
"É mais uma evidência que essas novas linhagens podem causar problemas mesmo em pessoas que já tenham uma imunidade prévia contra o Sars-Cov-2 [vírus da Covid]" , informou Fernando Spilki, coordenador da análise.
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