Prefeitura do Rio de Janeiro decreta estado de calamidade pública
A medida, anunciada três dias após os estragos causados pelo temporal, gerou revolta nos moradores das comunidades mais afetadas
SBT News
Três dias após o temporal que deixou dez mortos e inúmeras famílias desabrigadas, a Prefeitura do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública na cidade.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (11) após uma reunião com técnicos em conservação e engenheiros do município.
O decreto expedido tem validade de seis meses. Durante esse período, a Prefeitura está autorizada a descumprir artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal, como, por exemplo, fazer contratos sem licitação para lidar com situações relacionadas à calamidade no município.
De imediato, a Prefeitura do Rio liberou 40 milhões em verbas que estavam bloqueadas desde fevereiro.
À imprensa, o prefeito Marcelo Crivella comentou sobre o perigo de novas quedas de barreiras, em regiões de encostas, para justificar a decisão e explicou porque levaram três dias para que fosse decretado estado de calamidade.
"Às vezes, a gente demora para tomar uma decisão para que ela seja bem pensada, para que ela seja ponderada. A pior coisa na vida é a gente ter pressa. A pior coisa depois é a gente se arrepender do que faz", disse Crivella.
Ainda no mesmo dia, os corpos de quatro vítimas do temporal foram enterrados: taxista Marcelo Tavares Marcelino e três moradores do Morro da Babilônia, Gilson dos Santos e as irmãs Doralice e Gerlaine do Nascimento.