Sidney Rezende
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A Resenha do Rezende

Com mais de quatro décadas de carreira, Sidney Rezende é um dos nomes mais respeitados do jornalismo brasileiro. Foi um dos fundadores da GloboNews. No rádio, atuou como apresentador e comentarista em emissoras como: CBN, Rádio Globo e Rádio Tupi.

Brasil

Sidney Rezende: "Se todos cassinos online fossem legalizados, teríamos R$ 20 bilhões de impostos pagos"

Mais de 17 milhões de brasileiros fizeram apostas online no primeiro semestre de 2025

Sidney Rezende
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Dados do Ministério da Fazenda mostram que mais de 17,7 milhões de brasileiros realizaram apostas online em sites e aplicativos nos primeiros seis meses de 2025.

A média gasta por apostador é de R$ 164 por mês — cerca de 10,8% do salário mínimo atual, que é de R$ 1.518,00. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o vício em apostas online um transtorno grave.

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Em participação no SBT Rio 2ª Edição desta quinta-feira (16), o jornalista Sidney Rezende aponta que a arrecadação do governo com impostos poderia chegar a R$ 20 bilhões se todos os jogos como os cassinos fossem regularizados.

Operação policial

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta quinta-feira (16), uma operação contra um esquema milionário de jogos de azar. Os investigadores apuram a relação entre o ex-jogador do Flamengo, Léo Moura, e uma das casas de apostas ilegais.

Os policiais utilizaram blindados para cumprir 15 mandados de busca e apreensão, a maioria deles na Baixada Fluminense. Em Belford Roxo, os agentes precisaram entrar em uma área dominada por criminosos para chegar às supostas sedes das empresas — casas simples usadas como endereços de fachada de um cassino on-line ilegal.

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Os imóveis contrastam com um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, onde mora Raphael Silva de Almeida, contador apontado como responsável pela parte financeira do esquema. No local, foram apreendidos documentos, computadores, dois carros de luxo, cerca de 4 mil dólares e uma máquina de contar dinheiro.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 65 milhões das contas bancárias dos envolvidos.

Segundo as investigações, a quadrilha operava um sistema sofisticado de fraudes nos jogos de apostas, programado para enganar os usuários. A empresa não é autorizada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

A plataforma tem como garoto-propaganda o ex-jogador Léo Moura, ex-lateral esquerdo do Flamengo, que também divulgou links da casa de apostas nas redes sociais. A Polícia Civil investiga se o atleta tem alguma relação direta com as fraudes.

De acordo com a corporação, a quadrilha movimentou cerca de R$ 130 milhões em três anos. O delegado responsável pelo caso apura o envolvimento de outras pessoas, incluindo integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e da chamada “máfia dos cigarros”.

As investigações apontam que a casa de apostas realizou transações no valor de R$ 700 mil para a compra de filtros de cigarros de uma empresa ligada a William Barile Agiti, apontado como integrante do PCC.

A mesma plataforma também manteve negócios com pessoas investigadas pelo comércio ilegal de cigarros, entre elas Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como “Adilsinho”. Em maio deste ano, mais de 20 paraguaios foram resgatados de uma fábrica clandestina em Duque de Caxias.

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