Jay Graber: quem é a CEO do BlueSky, rede social que virou opção ao X
Pelo menos dois milhões de brasileiros optaram por nova plataforma em meio à suspensão do antigo Twitter pelo STF
Com a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil, os usuários da antiga "rede do passarinho" viveram, além da abstinência digital, um dilema: para qual rede social migrar? Pelo menos dois milhões de brasileiros já se decidiram e optaram pelo BlueSky, plataforma muito parecida com a de Elon Musk – bloqueada no país pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No fim da tarde de segunda-feira (2), o perfil oficial da rede comemorou a chegada dos novos usuários, com uma mensagem em português: "Dois milhões de pessoas novas na última semana! Uma calorosa recepção a todos". No sábado (31), um dia após o bloqueio do X, foi a vez de Jay Graber, CEO do BlueSky, dar as boas-vindas aos brasileiros.
Ontem, ela falou novamente sobre as novas contas criadas na plataforma, dizendo estar muito feliz "em poder apoiar todos que estão se juntando" à rede. Graber já teve tempo, até, para compartilhar memes brasileiros, como o visto abaixo:
Em entrevista ao Correio Braziliense, a CEO afirmou que pretende remunerar os criadores de conteúdo da plataforma. A informação se disseminou nas redes sociais – incluindo no BlueSky – e o nome de Graber foi parar nos termos mais pesquisados no Brasil nesta terça-feira (3), segundo o Google Trends.
Quem é Jay Graber
Lantian "Jay" Graber nasceu em 1991, em Tulsa, no estado norte-americano de Oklahoma, filha de uma acupunturista que deixou a China nos anos 1980 e um professor de matemática.
Em entrevista para a Forbes americana, em 2023, ela contou que seu primeiro nome, Lantian, significa céu azul em mandarim. Sua mãe queria que ela tivesse "liberdade ilimitada" e as "oportunidades que não teve", afirmou.
O nome não poderia ser mais apropriado. Pouco mais de 30 anos depois de seu nascimento, se tornou CEO do BlueSky (céu azul, em inglês), rede social que tem feito sucesso no Brasil após a suspensão do X (antigo Twitter).
Graber se formou em 2013, na Universidade da Pensilvânia, onde estudou Ciência, Tecnologia e Sociedade. Em seu perfil no LinkedIn, ela informou que seu primeiro trabalho foi na ONG Free Press, que defende o direito à conexão e comunicação, em 2014.
De 2015 a 2018, passou a atuar como engenheira de software e trabalhou em duas empresas do ramo de criptomoedas. No ano de 2019, criou uma rede social focada em eventos, a Happening.
Mas foi em 2021 que veio a grande oportunidade de sua vida. Em dezembro, foi escolhida por Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter, para comandar uma nova rede social. Era o BlueSky.
O BlueSky funciona de forma muito semelhante ao Twitter antigo, com recursos e até o visual parecidos com o da plataforma suspensa no Brasil. Os posts na rede social podem ter apenas 300 caracteres e há a possibilidade de republicar postagens e compartilhar fotos.
É possível, também, seguir, pesquisar contas de outras pessoas e ver atualizações em uma linha do tempo. Produzido em código aberto, o Bluesky se diferencia pela possibilidade de integração entre plataformas e maior controle sobre o consumo de conteúdos.