Criador do ChatGPT começa a escanear íris de brasileiros para criar o "CPF da internet" mundial
Projeto World ID quer organizar a web e separar humanos dos robôs que acessam a rede de computadores; escaneamento já está disponível no Brasil
Escanear a íris das pessoas para criar uma identidade digital, uma espécie de "CPF" para cada indivíduo na internet ao redor do mundo.
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Essa é a proposta da iniciativa World, desenvolvida por Sam Altman, CEO da OpenAI e criador do ChatGPT, em parceria com Alex Blania.
O projeto chegou ao Brasil nesta quarta-feira (13) e tem o objetivo de fazer esse registro para diferenciar humanos de bots na web.
Para isso, é necessário fazer um cadastro no aplicativo da World ID, agendar um horário em um dos pontos físicos de coleta e, no local, escanear seus olhos com um dispositivo em formato de esfera chamado Orb.
O Orb captura as informações biométricas da sua íris e, com essa tecnologia, gera um código numérico que pode ser usado para validar sua identidade digital na internet.
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A World acredita que esse recurso pode ser utilizado para evitar perfis falsos nas redes sociais, facilitar transações e superar os tradicionais processos de Captcha, que servem para confirmar a identidade humana dos usuários.
O projeto tem três frentes principais:
- World ID - Identidade digital na internet criada a partir do escaneamento da íris.
- Token Worldcoin (WLD) - Uma criptomoeda obtida após a criação do identificador no aplicativo.
- World App - Um aplicativo que reúne diversas ferramentas e permite gerenciar o saldo da criptomoeda WLD.
Polêmicas em torno da privacidade
A empresa garante que as imagens da íris são apagadas do Orb após o processamento dos dados e a geração da sequência numérica criada para a identidade digital na web, pois a World ID é protegida por criptografia.
Na Coreia do Sul, a iniciativa foi investigada pelo governo em março devido ao uso dos dados dos cidadãos coreanos.
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Em 2022, a empresa também enfrentou problemas relacionados a denúncias de usuários que alegaram não ter recebido o valor prometido em troca do escaneamento da íris.
Os responsáveis pelo projeto garantem que trabalham em conjunto com as autoridades e órgãos reguladores de cada país para assegurar a segurança dos dados dos cidadãos.
São Paulo tem pontos de coleta
Se você está na capital paulista e tem interesse em participar do experimento, basta se dirigir até um dos nove pontos de coleta de informações biométricas espalhados por diversos bairros.
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É necessário marcar o horário no aplicativo, comparecer ao local na data agendada, abrir um QR code que aparece no aplicativo World e apresentá-lo ao Orb.
O dispositivo fornecerá as instruções necessárias para realizar o escaneamento dos olhos. Como recompensa, o indivíduo recebe uma criptomoeda.
Confira abaixo os endereços:
- Avenida Santa Catarina, 797 - Vila Mascote, São Paulo
- Juntos (Rua Cânfora, 90 - Jardim Brasília, São Paulo, 2º piso)
- Rua Cunha Gago, 266 - Pinheiros, São Paulo
- Rua Carlos Camaio, 148 - Bela Vista, São Paulo
- Rua José Paulino, 780 - Bom Retiro, São Paulo
- Rua Rosa Pavone, 390 - Penha de França, São Paulo
- Shopping Center Lapa (Rua Catão, 72 - Lapa, São Paulo, piso térreo)
- Shopping Metrô Boulevard Tatuapé (Rua Gonçalves Crespo, 78 - Tatuapé, São Paulo, 1º piso)
- Shopping Vila Olímpia (Rua Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo, 3º piso)