Polícia Federal resgata jovens vítimas de exploração sexual em garimpos
Garotas eram obrigadas a se prostituírem em reserva indígena Yanomami

Luciane Kohlmann
Mais duas vítimas da exploração sexual nos garimpos das terras indígenas Yanomami foram resgatadas pela Polícia Federal. Elas relataram que viviam em situação de escravidão e que tiveram a promessa que seriam pagas com ouro.
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A PF já resgatou três jovens que foram obrigadas a se prostituírem nos garimpos instalados irregularmente na reserva indígena.
Em depoimento, duas das vítimas, uma adolescente de 17 anos e uma jovem de 19, disseram que foram convidadas pelas redes sociais para trabalhar no cabaré do garimpo, com a promessa de que seriam pagas com ouro.
Quando chegaram lá, descobriram que já tinham uma dívida a pagar: teriam que ressarcir os aliciadores pelo transporte, alimentação, hospedagem e até preservativos. Pra isso, tinham que aceitar fazer programas com os garimpeiros a qualquer hora, inclusive no período menstrual.
Duas mulheres suspeitas de chefiar o esquema foram presas: Francisca de Fátima Guimarães Gomes, de 40 anos, e Marilene Guimarães Gomes, de 44. Elas estão na cadeia pública feminina de Boa Vista. O marido de Marilene, Márcio Conceição Vieira, e Thaliny Nascimento Andrade estão foragidos.
O grupo é o mesmo que aliciou a adolescente de 15 anos, resgatada na semana passada, e que disse ter sido obrigada a fazer até 16 programas por noite. Ela havia sido atraída até o local com a promessa de trabalhar no restaurante do garimpo.
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