Vacinação de gestantes pode proteger recém-nascidos da coqueluche; saiba quando se imunizar
Recém-nascidos são o grupo de maior risco para a doença, que enfrenta alta no país
O Ministério da Saúde alerta para o aumento de casos de coqueluche. Em São Paulo, mais de 100 casos foram confirmados. O maior risco é para os recém-nascidos, por isso, é importante que as mães tomem a vacina em todas as gestações.
O Ministério da Saúde recomenda que a vacina seja aplicada em grávidas, profissionais de saúde que lidam com recém-nascidos e crianças a partir dos dois meses de vida.
A cobertura da tríplice bacteriana acelular, porém, está abaixo do esperado. No ano passado, foi de 74% por cento. A preocupação é principalmente com a coqueluche, que tem apresentado aumento de casos em vários países e também no Brasil.
Especialistas explicam que os bebês de até seis meses de vida são os mais afetados. "Além dos pacientes não terem a imunidade de vida, ele pode complicar com pneumonia, convulsão febril, quadros de insuficiência respiratória e até a morte", afirma a médica imunologista Carmen Lara.
Nas crianças, o esquema é composto de três doses da vacina administradas aos dois, quatro e seis meses de vida. Nas grávidas, a imunização é a partir da 20ª semana e deve ser tomada em todas as gestações. Caso não seja, a orientação é que a mulher faça a imunização em até 45 dias após o parto.
"Essa vacina, ela provoca formação de anticorpos dentro do organismo da mãe, e esses anticorpos são considerados 'soldadinhos de defesa'. Eles vão defender o organismo do feto. Quando o bebê nascer, ele vai ficar protegido pelo menos esses dois meses até iniciar o esquema vacinal", diz Carmen Lara.
