Crioterapia: banho de gelo ativa circulação e reduz estresse
Técnica se popularizou com vídeos de celebridades e influenciadores nas redes sociais
A crioterapia, prática que consiste no mergulho em uma banheira de gelo, é comum entre os atletas que querem acelerar o processo de recuperação física ou reduzir processos inflamatórios. Nos últimos meses, a técnica se popularizou nas redes sociais, e várias celebridades e influenciadores digitais publicaram vídeos entrando em banheiras ou piscinas com gelo, e até lagos congelados, desafiando os limites do corpo humano em busca de bem-estar e saúde.
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O vendedor Luiz Rocca se propôs a um desafio pessoal: realizar 300 imersões de até 10 minutos em água gelada. Diagnosticado com TDAH, ele encontrou na prática uma maneira eficaz de lidar com os sintomas. "Se você entra no gelo e você tem uma mentalidade forte de ficar ali dentro, que é você contra você mesmo, você vai treinar, você vai buscar sempre algo para a saúde", disse.
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Raul Santana, fisioterapeuta esportivo, ressalta a eficácia da técnica na redução de processos inflamatórios. "Ele faz uma vasoconstrição, que gera um processo anti-inflamatório circulante no corpo, que é a liberação de ácido lático. O gelo, a crioterapia com baixa temperatura, esse banho de imersão, reduz o tamanho do vaso capilar sanguíneo e faz conter todo esse processo inflamatório".
Entre os novos adeptos está João Pedro Olsen, atleta profissional de calistenia, que representa o Brasil em competições internacionais. Para ele, a primeira experiência com o banho de gelo foi surpreendentemente tranquila.
“O que faz muita diferença é a questão da respiração, se eu entrar aqui, afoito, de uma vez, vai ser um choque muito grande. Agora, se eu entrar calmo, concentrar na minha respiração, eu consigo ficar muito mais tempo”.