Publicidade
Saúde

Automedicação: Parece inofensivo, mas é um hábito perigoso; saiba riscos

Prática comum no dia a dia pode trazer sérios riscos à saúde e dificultar o diagnóstico de doenças importantes

Imagem da noticia Automedicação: Parece inofensivo, mas é um hábito perigoso; saiba riscos
Automedicação pode oferecer riscos à saúde | Freepik
Publicidade

Tomar um remédio por conta própria pode até parecer algo simples e inofensivo. Afinal, quem nunca recorreu a um analgésico para dor de cabeça, um antiácido depois de exagerar na comida, ou um antibiótico que sobrou de um tratamento anterior?

+ Automedicação é uma das principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação

O problema é que a automedicação, embora comum, pode trazer sérias consequências para a saúde, principalmente quando realizada de forma frequente e sem orientação adequada.

Por que se automedicar pode ser perigoso?

Medicamentos não são produtos neutros. Eles têm indicações, contraindicações, doses adequadas, interações com outros remédios e até com alimentos. Quando usados de maneira errada, os riscos incluem:

  • Mascarar sintomas importantes, dificultando o diagnóstico de doenças sérias;
  • Reações adversas, como alergias, sangramentos ou intoxicações;
  • Interações medicamentosas, que podem potencializar ou anular o efeito de outros remédios em uso;
  • Resistência bacteriana, causada principalmente pelo uso indevido de antibióticos — um problema de saúde pública mundial;
  • Sobrecarga do fígado e dos rins, órgãos responsáveis pela metabolização e eliminação de muitos fármacos.

Mesmo aqueles medicamentos mais conhecidos da população podem trazer perigosas consequências para quem se automedica, como por exemplo:

  • Dipirona, paracetamol e ibuprofeno, quando tomados em excesso, podem causar danos ao fígado ou aos rins;
  • O uso prolongado de anti-inflamatórios sem acompanhamento pode causar úlcera gástrica, gastrite ou piorar quadros de hipertensão e insuficiência renal;
  • Muitas pessoas tomam antibióticos para tratar viroses (como gripe), o que não só é ineficaz, como favorece o surgimento de bactérias resistentes;
  • O famoso "remedinho para dormir", quando usado de forma contínua, pode causar dependência, perda de memória e até quedas em idosos.

Cada organismo é único — e exige cuidados individualizados

É sempre importante lembrar que o que é seguro para uma pessoa pode ser perigoso para outra, mesmo com sintomas parecidos. Cada organismo reage de forma única aos tratamentos. Automedicar-se com base em experiências anteriores, dicas de amigos ou informações da internet pode trazer riscos reais, especialmente quando não há conhecimento sobre o histórico clínico ou o uso de outros medicamentos.

Apesar de a automedicação parecer um atalho seguro e rápido, carrega importantes riscos para a nossa saúde. A melhor escolha do cuidado começa com informação, orientação e responsabilidade. E essa escolha começa com orientação profissional adequada. Procure o seu médico!

*Alfredo Salim é clínico geral e head nacional da Brazil Health (CRM-SP 43163 | RQE 132808)

Publicidade

Assuntos relacionados

Saúde
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade