Saúde
"Não tenho outra alternativa", diz prefeito de Porto Alegre após endurecer quarentena
Nos próximos 15 dias, só abrirão os serviços essenciais. Os vales-transportes de trabalhadores não-essenciais serão bloqueados
SBT News
• Atualizado em
Publicidade
Porto Alegre entrou novamente em fase mais restritiva da quarentena. O decreto foi assinado pelo prefeito Nelson Marchezan na madrugada desta segunda-feira (6) e restringiu todos os serviços não-essenciais por mais 15 dias.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Marchezan demonstrou extrema preocupação com a situação dos hospitais, já que o limite de doentes internados pela covid-19 na cidade deveria ser de 174 e o número chegou a 175 na última sexta-feira (3). "Não esperava estar tomando essas medidas (...) Eu entendo a angústia de cada um dos trabalhadores e dos empresários que construíram um caminho econômico de independência, mas espero que também entendam que não posso aceitar que tenhamos pessoas falecendo às dezenas ou às centenas, como em outros municípios, porque não tinham o mínimo de atendimento na área da saúde. Não tenho outra alternativa (...) Mas eu não deixo de entender a angústia deles. Posso garantir: eu também a sinto.", afirmou o prefeito.
+ Caso de peste bubônica coloca China em alerta
Ele ainda alertou para o risco de superlotação da saúde: "E até o fim do mês, chegaremos em uma capacidade que não temos. Teríamos que entrar nas salas de emergência, nas estruturas que não seriam as mais indicadas para pessoas entubadas. Todos os países do mundo, independentemente da sua ideologia, tiveram que buscar alternativas de restrição de atividades econômicas. E eu lamento muito que não tenhamos descoberto outra alternativa".
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Marchezan demonstrou extrema preocupação com a situação dos hospitais, já que o limite de doentes internados pela covid-19 na cidade deveria ser de 174 e o número chegou a 175 na última sexta-feira (3). "Não esperava estar tomando essas medidas (...) Eu entendo a angústia de cada um dos trabalhadores e dos empresários que construíram um caminho econômico de independência, mas espero que também entendam que não posso aceitar que tenhamos pessoas falecendo às dezenas ou às centenas, como em outros municípios, porque não tinham o mínimo de atendimento na área da saúde. Não tenho outra alternativa (...) Mas eu não deixo de entender a angústia deles. Posso garantir: eu também a sinto.", afirmou o prefeito.
+ Caso de peste bubônica coloca China em alerta
Ele ainda alertou para o risco de superlotação da saúde: "E até o fim do mês, chegaremos em uma capacidade que não temos. Teríamos que entrar nas salas de emergência, nas estruturas que não seriam as mais indicadas para pessoas entubadas. Todos os países do mundo, independentemente da sua ideologia, tiveram que buscar alternativas de restrição de atividades econômicas. E eu lamento muito que não tenhamos descoberto outra alternativa".
Uma das medidas do decreto inclui bloquear por 15 dias os cartões vale-transporte de trabalhadores de serviços não-essenciais. "São em torno de 350 mil cartões que ela (a empresa responsável) terá que programar na bilhetagem, para poder executar esta tarefa que a gente demandou, então vai ser aplicado somente na quinta-feira, com mais segurança. A gente fica muito triste de tomar estas decisões, mas são medidas para evitar a circulação de pessoas, que é o que evita a circulação do vírus", comentou.
Assim, nos próximos 15 dias, estarão suspensas as visitas a parques, praças, academias, missas, cultos, salões de beleza, e comércio em geral na capital. Os estacionamentos públicos ficarão fechadas e quem parar em zona azul deve ser multado em R$ 195,23, com cinco pontos acrescidos na Carteira Nacional de Habilitação. O Mercado Público só funcionará com sistema de pague e leve.
Publicidade