Vice-presidente da CPMI do INSS denuncia ser alvo de ameaças e pede escolta policial
Duarte Júnior (PSB-MA) solicitou medidas de proteção; ameaças teriam partido de deputado estadual do Maranhão, vice-presidente da CBPA


Hariane Bittencourt
O deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA), vice-presidente da CPMI do INSS, disse nesta quinta-feira (6) ter recebido ameaças de um colega de partido, o deputado estadual do Maranhão Edson Araújo (PSB), que também é vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). A entidade é investigada por supostos descontos irregulares em benefícios do INSS.
Duarte Júnior afirmou que as ameaças foram feitas pelo WhatsApp. "Nós ainda vamos nos encontrar", teria escrito o deputado estadual. Questionado sobre o que aconteceria, Edson teria afirmado: "Você vai saber". As mensagens foram lidas pelo vice-presidente da CPMI na abertura da sessão desta quinta.
+ CPMI do INSS: ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro presta depoimento nesta quinta (6)
"Minha esposa está grávida de oito meses e peço muito a ajuda de vossas excelências para que eu possa garantir a segurança da minha família", pediu aos parlamentares. O requerimento foi aceito pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que enviou o pedido ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Se o pedido for aceito, Duarte Júnior deverá ser escoltado pela Polícia Legislativa e sua família, no Maranhão, por agentes da Polícia Federal (PF). Após o relato, o deputado recebeu o apoio de parlamentares da base e da oposição.
+ CPMI do INSS dá voz de prisão a presidente da CBPA por falso testemunho
"Vamos quebrar o sigilo dele e convocar ele para vir aqui. O senhor tem todo o nosso apoio", afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). O senador Rogério Marinho (PL-RN) também saiu em defesa do colega de comissão. "Todos nós somos solidários a ele e a sua família. Uma ameaça feita a ele é feita ao conjunto destes parlamentares", disse.
Edson Araújo, acusado de ser o autor das ameaças, é vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA). O presidente da entidade, Abraão Lincoln Ferreira, foi ouvido pela comissão na segunda (3). Na ocasião, ele foi preso depois que os parlamentares identificaram "inverdades e contradições" ao longo do depoimento.








