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Política

"Tem empresas que vão sofrer", mas Brasil tem condições de enfrentar tarifaço, diz Haddad

Ministro diz que país se esforça para "desobstruir canais", mas que não é possível "prever o que pode sair da cabeça de Trump"

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Divulgação/MF
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (27) que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos exportados do Brasil "vai machucar um pouco", mas defendeu que o país tem condições de enfrentar sobretaxas.

"Tem setores que exportam mais de 50% para lá, tem empresas que vão sofrer, mas, macroeconomicamente falando, o país tem condições de enfrentar", declarou em entrevista ao UOL.

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Em resposta ao tarifaço de 50%, o ministro afirmou que o Brasil tem se esforçado para "desobstruir canais" com o governo dos EUA. No entanto, segundo ele, existe uma postura "reativa" sobre as decisões de Donald Trump. "Nem os secretários sabiam da tarifa extra que ele impôs ao Brasil", afirmou.

Sobre a possibilidade de novas sanções do governo Trump ao Brasil, o ministro disse que não tem como prever o que vai acontecer. "Nós vamos cuidar, só não dá para prever o que pode sair da cabeça do Trump", acrescentou.

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Eleições 2026

Na entrevista, Haddad disse que não tem intenção de ser candidato nas eleições de 2026. Segundo o ministro, ele já deixou isso claro ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas ainda não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Eu não tenho intenção, neste momento, de ser candidato em 2026. Já expressei isso para a direção do partido. Para o presidente, nós não tratamos esse assunto ainda, a bem da verdade. Mas já conversei com o Edinho [Silva, presidente do PT], com outras lideranças do PT", informou.

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Haddad já foi prefeito de São Paulo e se candidatou à Presidência em 2018, quando Lula estava preso e não podia disputar a eleição. O ministro declarou que quer terminar trabalho à frente do ministério: "Eu penso que tem uma agenda que está sendo concluída na Fazenda muito importante este ano", explicou.

Ele também afirmou que é natural que um partido que antes apoiou o governo agora não queira colaborar para uma campanha à reeleição no ano que vem. "O presidente está acostumado com essa situação. Geralmente os partidos mais progressistas, que se alinham na eleição, são poucos – o PSB, o PCdoB, o MDB às vezes", minimizou.

O ministro ainda disse acreditar que a elite brasileira não apoiará o PT em 2026. "A elite não vai de Lula, não consegue assimilar o presidente. Não vai abraçar o Lula, então vai ter de abraçar outro candidato. Tem problema com a agenda progressista", esclareceu.

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