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Política

Senado inicia análise do novo Código Eleitoral: o que muda e como isso pode afetar as eleições?

A ideia é juntar todas as leis eleitorais em um único documento, tornando as regras mais organizadas e fáceis de entender

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Urna eletrônica | Divulgação/Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado começa a analisar nesta quarta-feira (2) o projeto que pode mudar as regras das eleições no Brasil: o novo Código Eleitoral.

A ideia é juntar todas as leis eleitorais em um único documento, tornando as regras mais organizadas e fáceis de entender.

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O que muda nas eleições?

Uma das mudanças mais importantes envolve a inelegibilidade, ou seja, o tempo que uma pessoa condenada na Justiça fica proibida de disputar eleições. Hoje, políticos condenados por corrupção ou crimes graves podem ficar até oito anos sem concorrer. Pelo novo projeto, o tempo pode mudar dependendo do tipo de crime:

  • Se for um crime eleitoral (como fraude na campanha ou compra de votos), a pessoa ficaria fora das eleições por duas disputas seguidas. Como as eleições acontecem a cada dois anos, isso pode significar quatro ou oito anos de punição;
  • Se for outro tipo de crime, como corrupção, a inelegibilidade começaria a contar a partir de 1º de janeiro do ano seguinte à condenação e poderia durar até oito anos.

Outro ponto importante é o combate às fake news. O novo código endurece as punições para quem espalhar notícias falsas para enganar eleitores. Isso tem sido um problema em várias eleições, e a ideia é criar regras mais claras para evitar confusão.

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Além disso, o projeto também muda algumas regras para partidos políticos, propaganda eleitoral e o funcionamento da Justiça Eleitoral.

E por que isso importa agora?

Se os senadores aprovarem o projeto, ele ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados novamente, porque sofreu mudanças no Senado. E tem mais um detalhe importante: para que essas novas regras valham já nas eleições de 2026, o projeto precisa ser aprovado até outubro de 2025. Se isso não acontecer, entrará em vigor nas eleições de 2030.

O que pode dar problema?

Apesar do apoio do senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é o relator do projeto, algumas mudanças não agradam a todos. O trecho que altera as regras de inelegibilidade, por exemplo, tem gerado discussões. Alguns políticos acreditam que a nova lei pode facilitar a volta de condenados à disputa eleitoral mais rapidamente.

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Outro ponto de preocupação é o impacto das novas regras para partidos pequenos. Algumas mudanças podem dificultar a sobrevivência de legendas menores, o que pode alterar o cenário político do país.

E agora?

O relatório de Castro será apresentado na CCJ do Senado nesta quarta, e os senadores devem decidir os próximos passos. Se for aprovado nessa etapa, o projeto ainda precisa ser votado pelo plenário do Senado antes de voltar para a Câmara.

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De um jeito ou de outro, o novo Código Eleitoral pode ter um grande impacto na forma como as eleições acontecem no país.

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