Ibovespa hoje: acompanhe o movimento da bolsa e dólar nesta quarta-feira, 17
O Ibovespa abriu as negociações dando continuidade ao movimento de perdas da sessão passada, enquanto o dólar segue em alta e vai a R$ 5,50


Exame.com
Depois de amargar o segundo pior pregão do ano, com queda de 2,40%, o Ibovespa segue nas negociações desta quarta-feira, 17, o movimento de perdas. Por volta das 13h20, a principal referência acionária caía 1,04%, aos 156.922 pontos.
Já o dólar à vista iniciou as negociações, às 9h, em alta firme e, no mesmo horário da bolsa brasileira, subia 1,05%, cotado a R$ 5,52, depois de ter atingido R$ 5,531 na máxima intradiária.
A queda do Ibovespa e o avanço da moeda americana ainda refletem a frustração dos agentes financeiros com o cenário eleitoral no Brasil em 2026, que já provocou um forte ajuste nas carteiras na sessão passada. Ontem, as perdas da bolsa e a alta da câmbio se intensificaram com a divulgação dos resultados da pesquisa Quaest, que apontou o atual presidente Lula (PT) à frente no primeiro turno contra todos os nomes testados.
O petista também apareceu com 46% das intenções de voto contra 36% de Flávio Bolsonaro (PL) em um eventual cenário de segundo turno para a eleição presidencial 2026. Por fim, o estudo trouxe dúvidas sobre o cenário que vinha sendo abraçado pelo mercado de uma candidatura de direita projetada no nome do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao indicar Flávio como mais competitivo.
As incertezas sobre quando a taxa de juros no Brasil vai começar a cair também continuam pesando sobre o índice de referência.
Na agenda do mercado também está os trabalhos em Brasília, que se agitam às vésperas do início de recesso no Congresso, com decisões que podem definir o tabuleiro eleitoral do ano que vem.
"A maior parte dos setores recua, como bancos, educação, siderurgia, enquanto somente Vale e Petrobras limitam um pouco dessas perdas maiores. No cenário local o mercado repercute a aprovação na Câmara do projeto que reduz benefícios fiscais e amplia tributação sobre bancos, apostas e grandes fortunas", afirmou Gustavo Trotta, especialista e sócio da Valor Investimentos.
Em paralelo, corre a notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria se preparando para deixar a posição em março do ano que vem, com o intuito de se dedicar a campanha do presidente Lula pela reeleição.
O dia, contudo, é de agenda praticamente esvaziada de indicadores econômicos, mas que pode marcar também a votação da PL da Dosimetria no Senado — o projeto de lei que pode reduzir drasticamente a pena de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O texto precisa ser analisado primeiro na Comissão de Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, no Plenário da Casa.
Na economia, o destaque por aqui é o fluxo cambial semanal, a ser divulgado às 14h30 (horário de Brasília).
Bolsas de NY caem
Seguindo o desempenho da bolsa brasileira, os principais índices de ações de Nova York recuam nesta quarta, depois de abrirem o dia com certa volatilidade, oscilando entre ganhos e perdas.
Por volta das 13h30, o índice Dow Jones caía 0,19%, enquanto o S&P 500 tombava 0,71%. O Nasdaq apresentava uma queda ainda maior de 1,16%.








