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Política

Ramagem não era “ensaísta de Bolsonaro” e nem orientou live apontada como início do golpe, diz defesa

Advogado afirma que documentos encontrados em dispositivos do ex-diretor da Abin eram apenas compilações de falas públicas do ex-presidente

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O advogado Paulo Cintra, que representa o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), negou nesta terça-feira (2) que seu cliente tenha orientado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em live de 29 de julho de 2021. O vídeo é considerado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o “marco inicial” da tentativa de golpe de Estado.

“Alexandre Ramagem não atuou para orientar o presidente. Ele não era um ensaísta de Jair Messias Bolsonaro”, disse o advogado ao apresentar a defesa do deputado durante o julgamento das acusações de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Segundo ele, os documentos encontrados em celulares e computadores de Ramagem são "apenas um grande compilado” de declarações que Bolsonaro já havia feito publicamente.

Cintra também declarou não haver provas de que os documentos tenham sido enviados ao ex-presidente.

“É muito grave dizer, com base em um documento deste, que Alexandre Ramagem seria ensaísta de Jair Bolsonaro. Não, não era. Quando muito ele era o grande compilador oficial da República”, disse.

Além do episódio da live, Ramagem é acusado de comandar uma “Abin paralela” para monitorar adversários políticos e produzir desinformação.

Sobre isso, o advogado argumentou que as atividades descritas se restringiam a pesquisas em fontes abertas na internet e deveriam ser consideradas práticas rotineiras de inteligência.

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