Collor recebe proposta de emprego enquanto cumpre pena em cela com ar condicionado e horta
A proposta ofereceu ao ex-presidente o pagamento de um salário mínimo

Gabriela Tunes
O ex-presidente Fernando Collor de Mello recebeu uma proposta de emprego na prisão. A empresa em que ele trabalharia é de pré-moldados de concreto. A proposta prevê o pagamento de um salário mínimo e o uso da mão de obra como forma de reduzir a pena. A empresa em questão utiliza reeducandos em suas atividades.
A defesa de Collor informou que desconhece a proposta.
Atualmente, o ex-presidente está preso no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, em uma ala especial equipada com ar-condicionado. O local conta ainda com uma área privativa para banho de sol, com saída direta para a horta da unidade.
Na segunda-feira (28), juízes da 16ª Vara de Execuções Penais de Alagoas realizaram uma inspeção na ala reservada à custódia do ex-presidente. Durante a vistoria, o juiz Alexandre Machado afirmou que “há a necessidade de adotar mecanismos para manter Collor isolado e sem contato com os demais presos, garantindo sua integridade física e a segurança do ambiente prisional”.
A estrutura da ala foi adaptada especialmente para receber Collor. Segundo o magistrado, o espaço é adequado e oferece condições de atendimento à saúde, em conformidade com as comorbidades apresentadas pela defesa do ex-presidente.
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Os advogados de Collor solicitaram sua transferência para prisão domiciliar, alegando problemas de saúde como mal de Parkinson, apneia do sono e transtorno afetivo bipolar. Nesta terça-feira (29), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa apresente documentos médicos, como laudos e exames já realizados. O prazo para entrega da documentação termina na quinta-feira (30).