Política

Pela primeira vez na história do Brasil, militares são presos por tentativa de golpe de Estado

Nas redes sociais, líderes governistas e usuários se manifestaram sobre as prisões de Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier

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Da esq. p/ dir: Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier
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Pela primeira vez na história do Brasil, militares foram presos depois de condenados pela Justiça por tentativa de golpe de Estado. Nesta terça-feira (25), a Polícia Federal (PF) prendeu generais da reserva e ex-ministros do governo Jair Bolsonaro Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha durante o governo Bolsonaro.

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Nas redes sociais, políticos governistas e usuários em geral comentaram as prisões dos generais, e alguns classificaram esta terça-feira (25) como um "dia histórico". O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), relembrou, no X (antigo Twitter), que o General Heleno estava entre os militares que o prenderam durante um encontro de estudantes pela reconstrução da UNE (União Nacional dos Estudantes), na ditadura militar.

"Em 1977, o General Heleno estava entre os militares que prenderam a mim e outros 850 estudantes, durante um encontro pacífico pela reconstrução da UNE. Agora assistimos ele indo preso por TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO", escreveu Correia. "O que vemos hoje é HISTÓRICO: generais sendo presos pela primeira vez! A justiça, enfim, chega."

As prisões ocorreram após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o encerramento do trânsito em julgado para todos os condenados do chamado "núcleo 1" da tentativa de golpe de Estado. A decisão marca uma nova etapa no desdobramento judicial dos processos relacionados à tentativa de ruptura institucional julgada pelo STF.

Heleno, Nogueira e Garnier foram condenados a 21 anos, 19 anos e 24 anos de prisão, respectivamente. Heleno e Nogueira foram conduzidos ao Quartel-General do Comando Militar do Planalto, em Brasília. Já Garnier irá cumprir pena na Estação Rádio da Marinha, também na capital federal.

Nesta terça, Moraes determinou também o início do cumprimento da pena de Jair Bolsonaro (PL) e definiu que ele deverá permanecer na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), em Brasília. O despacho foi assinado após a defesa do ex-presidente optar por não apresentar novos embargos de declaração, o que levou ao trânsito em julgado da condenação (quando não há mais possibilidade de recursos).

Segundo a decisão, Bolsonaro deverá permanecer na mesma sala de Estado-Maior onde já está preso preventivamente desde sábado (22). O ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses, em regime inicial fechado, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

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