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Pacheco pede ao STF lista de parlamentares espionados pela "Abin paralela"

As investigações apontam que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e a ex-deputada Joice Hasselmann foram espionados ilegalmente

Pacheco pede ao STF lista de parlamentares espionados pela "Abin paralela"
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de parlamentares que foram espionados indevidamente pela "Abin paralela" durante a gestão de Alexandre Ramagem (PL-RJ), hoje deputado federal, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

+Alexandre Ramagem é alvo de operação da Polícia Federal contra monitoramento ilegal na Abin

"Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa", diz a nota de Pacheco.

Até o momento, as investigações apontam que figuras públicas como os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, a ex-deputada Joice Hasselmann e o ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana, foram espionados ilegalmente.

Nesta segunda (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho "02" do ex-presidente, foi alvo da nova fase da Operação Vigilância Aproximada, para investigar espionagem ilegal pela Abin.

"Abin paralela"

Na última quinta (25), a PF deflagrou a operação Vigilância Aproximada, desdobramento da Última Milha, realizada em outubro do ano passado.

As ações investigam criação e atuação de uma "Abin paralela" na gestão do então diretor-geral Ramagem, aliado e amigo da família Bolsonaro. Ele foi alvo de buscas na Vigilância Aproximada, que também afastou imediatamente sete policiais federais de suas funções.

+ Alvo da PF, "Abin paralela" teria monitorado adversários e ajudado família Bolsonaro

Durante o governo Bolsonaro, a "Abin paralela" usou instrumentos como o software FirstMile para rastrear e monitorar autoridades e adversários políticos do ex-presidente.

+ Como funciona o FirstMile, programa usado pela Abin para espionar pessoas?

O que é o FirstMile?

Comprado no fim do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), o programa é desenvolvido em Israel, pela empresa Cognyte (antiga Verint), e tem tecnologia de GPS para monitorar de forma ilegal a localização de celulares. Também foram espionados servidores públicos, policiais, jornalistas, advogados e juízes.

Quem operava o sistema eram servidores da Abin designados para o Centro de Inteligência Nacional (CIN).

A unidade, criada na gestão Bolsonaro, era vinculada ao gabinete de Ramagem. A estrutura foi desmontada pelo atual governo.

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