Brasil

Petroleiros aceitam acordo da Petrobras e encerram greve após 16 dias

Paralisação foi suspensa após avanço nas negociações no TST; sindicatos aprovaram acordo coletivo em assembleias

Imagem da noticia Petroleiros aceitam acordo da Petrobras e encerram greve após 16 dias
Sob o lema “Menos Acionista, Mais ACT”, a categoria protestava contra a política de dividendos da Petrobrás | FUP/Divulgação

Funcionários da Petrobras decidiram encerrar a greve nacional da categoria, iniciada em 15 de dezembro, após uma nova proposta apresentada pela estatal.

SBT News Logo

Acompanhe o SBT News nas TVs por assinatura Claro (586), Vivo (576), Sky (580) e Oi (175), via streaming pelo +SBT, Site e YouTube, além dos canais nas Smart TVs Samsung e LG.

Siga no Google Discover

O anúncio foi feito nesta terça-feira (30) pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional de Petroleiros (FNP), entidades que representam os trabalhadores do setor.

A decisão antecede a audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcada para 2 de janeiro, e um possível julgamento do dissídio, previsto para 6 de janeiro.

Acordo aceito com a Petrobras

A paralisação foi encerrada depois que a Petrobras apresentou a 4ª proposta de ajuste, cujo prazo expirava no mesmo dia.

Com a sinalização de avanço nas negociações no TST, as federações optaram pela suspensão do movimento grevista.

Na Bacia de Campos, no Norte Fluminense, 90% dos 495 trabalhadores que participaram da assembleia convocada pelo Sindipetro NF votaram pelo fim da greve.

Foram 446 votos favoráveis, o que resultou na suspensão imediata da paralisação na região, considerada a base mais forte do movimento.

Segundo os sindicatos, todas as bases da FUP finalizaram as assembleias com a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Sistema Petrobras, negociado nos últimos três meses.

Sob o lema “Menos Acionista, Mais ACT”, a categoria protestava contra a política de dividendos voltada a investidores, que, segundo as federações, dificultava a retomada de direitos retirados em gestões anteriores.

Os trabalhadores pediam ainda:

  • Retorno de direitos trabalhistas;
  • Mudanças no modelo do fundo de pensão;
  • Distribuição mais justa dos lucros e resultados da estatal;
  • Respostas mais concretas nas negociações com a empresa.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou que a greve foi motivada por uma insatisfação generalizada.

“O avanço da greve é resultado da insatisfação da categoria diante da falta de respostas concretas às reivindicações históricas”, disse o sindicalista.

Greve de 16 dias

Durante a paralisação de 16 dias, o movimento chegou a envolver 24 plataformas de petróleo, oito refinarias, além de outras unidades da estatal, segundo a FUP.

A Petrobras, por sua vez, informou que não houve impacto na produção de refinarias, petróleo ou derivados, e que o abastecimento do mercado foi mantido graças a medidas de contingência.

Mesmo com o fim da greve, a negociação continua oficialmente no TST. A audiência de conciliação de 2 de janeiro deve formalizar os próximos passos do ACT e do dissídio de greve, que poderia ir a julgamento no dia 6, caso não houvesse acordo.

Assuntos relacionados

Greve
navio petroleiro
Petrobras

Últimas Notícias