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Greve dos petroleiros da Petrobras ganha adesões e atinge 24 plataformas e 8 refinarias, diz FUP

Paralisação de trabalhadores da petrolífera começou nessa segunda (15), impactando locais de trabalho no litoral do RJ e no Espírito Santo

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Visão aérea de uma plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, a P-52 | Reuters/Bruno Domingos
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A greve nacional dos trabalhadores da Petrobras ganhou adesões no segundo dia do movimento, nesta terça-feira (16), atingindo 24 plataformas de petróleo e oito refinarias, entre outras unidades, de acordo com uma nota da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

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No Norte Fluminense, onde a greve está mais forte, o número de plataformas offshore envolvidas na Bacia de Campos subiu de 15 para 22 unidades, com trabalhadores solicitando desembarque, "o que aprofundou o impacto operacional", disse a FUP.

Nessa segunda (15), a greve atingia 16 plataformas de petróleo no litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, além de seis refinarias, segundo a FUP.

Geralmente, durante greves, trabalhadores passam operações para equipes de contingência da estatal, de modo a evitar ou reduzir impactos operacionais em refinarias e plataformas de petróleo.

"A Petrobras afirma que não há impacto na produção de petróleo e derivados. A empresa adotou medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações e reforça que o abastecimento ao mercado está garantido", disse em nota a estatal.

Não há notícia de adesão das plataformas da Bacia de Santos, onde estão os maiores campos produtores do pré-sal, geralmente com unidades afretadas.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse que "o avanço da greve é resultado da insatisfação generalizada da categoria, em razão da postura da Petrobras nas negociações do acordo coletivo de trabalho, que não trouxe respostas concretas às reivindicações históricas dos trabalhadores".

A empresa afirmou que está em processo de negociação do acordo coletivo de trabalho desde o final de agosto deste ano, tendo apresentado sua mais recente proposta na última terça.

"A Petrobras segue empenhada em concluir a negociação do acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais", acrescentou.

Adesões

A FUP afirmou que, entre as novas adesões, destacam-se a refinaria no Ceará (Lubnor) e o corte de rendição na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, "ampliando o alcance territorial da greve".

Na segunda-feira, o movimento atingia as refinarias Regap (Betim/MG), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Replan (Paulínia/SP), Recap (Mauá/SP), Revap (São José dos Campos/SP) e Repar (Araucária/PR), reforçando o caráter nacional e unitário da greve, segundo a FUP.

A federação citou ainda a adesão da termelétrica Termoceará. No Rio Grande do Norte, houve a adesão da Usina Termelétrica do Vale do Açu, e na Bahia, a entrada da Usina de Biodiesel de Cadeias.

A FUP acrescentou que, além das plataformas de petróleo e das refinarias, estão envolvidos no movimento trabalhadores de nove unidades da Transpetro, a subsidiária de logística e transporte da empresa.

O sindicato indicou que estão envolvidos funcionários de três termelétricas, duas usinas de biodiesel, cinco campos terrestres, três bases administrativas, além da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTGCAB) e da Estação de Compressão de Paulínia (TBG).

(Por Roberto Samora e Marta Nogueira; edição de Alberto Alerigi Jr.)

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