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Moraes mantém prisão de condenado por bomba no aeroporto de Brasília

Ministro do STF apontou risco de novos crimes e disse não haver fatos que justifiquem a soltura do condenado, preso após 3 anos foragido

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fachada do STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve nesta terça-feira (30) a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado por tentar instalar uma bomba no eixo de um caminhão-tanque estacionado perto do Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022.

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Na decisão da Petição (Pet) 12445, Moraes afirmou que há risco concreto de reiteração criminosa e destacou que o réu ficou foragido por quase três anos após o episódio no aeroporto.

Ele lembrou que Alan Diego fugiu de Brasília logo depois do ataque frustrado e só foi preso em junho de 2025, no Mato Grosso, após ser localizado durante as buscas policiais.

“Há fortes e graves indícios do risco concreto da reiteração delitiva e à aplicação da lei penal, em razão da fuga após a prática dos crimes”, escreveu o ministro.

O magistrado ressaltou ainda que não há fatos novos que alterem a necessidade da custódia cautelar.

“Destaca-se a necessidade de resguardar a ordem pública e da instrução criminal, inexistindo qualquer fato superveniente que possa afastar a manutenção da prisão”, completou.

Alan está preso desde junho de 2025, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o militar por crimes relacionados à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada.

Além dele, outros dois envolvidos no mesmo episódio de 2022 também se tornaram réus:

  • Wellington Macedo de Souza, blogueiro condenado a 6 anos de prisão por ajudar no planejamento e dar carona a Alan no dia do crime;
  • George Washington de Oliveira Sousa, que admitiu ter comprado explosivos, munições e outros itens usados na tentativa do atentado.

Condenação antes do STF

Em maio de 2023, a 10ª Vara Federal do Distrito Federal condenou Alan Diego, Wellington Macedo e George Washington a 5 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de explosão e incêndio.

Depois disso, o caso foi encaminhado ao STF para avaliar possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Em dezembro de 2025, a Primeira Turma do STF, em sessão virtual, decidiu por unanimidade tornar Alan réu pelos crimes mais graves, como tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada, aceitando a denúncia da PGR.

Em outubro de 2025, Alexandre de Moraes já havia negado um pedido de liberdade apresentado pela defesa, sob a justificativa de que o processo ainda está em fase de instrução e que a fuga do réu reforça a necessidade da prisão preventiva.

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