Pacheco pede a Moraes lista de parlamentares espionados pela Abin paralela
Presidente do Senado classificou denúncias como de “extrema gravidade” e solicitou informações ao Supremo Tribunal Federal (STF)
Lis Cappi
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido da lista de deputados e senadores espionados irregularmente pela Agência Brasileira de Investigação (Abin). A solicitação havia sido anunciada no início da semana, mas foi formalizada nesta quarta-feira (31).
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No documento, Pacheco classifica as denúncias de monitoramento ilegal como ações de "extrema gravidade". E destaca que o movimento viola direitos e garantias individuais, garantidos na Constituição.
"Caso comprovado o monitoramento ilegal de Deputados Federais e Senadores da República, as ações constituem também afronta às prerrogativas parlamentares, especialmente quanto à garantia de livre exercício do mandato e do sigilo de suas fontes", diz trecho do ofício encaminhado.
A solicitação de Pacheco foi direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e pede também por outras informações que possam indicar monitoramento ilegal de parlamentares, com justificativa de adotar medidas institucionais competentes ao Congresso Nacional.
O pedido vem após a divulgação de investigações ligadas ao possível uso ilegal da Abin, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O caso está sob apuração da Polícia Federal (PF). A suspeita é de que a agência tenha feito monitoramentos clandestinos de desafetos políticos. Entre os nomes citados no inquérito estão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, e da ex-deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP).
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Outro parlamentar, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a Abin durante o governo Bolsonaro, foi alvo de mandado de busca e apreensão. As investigações apontam para o uso de um software de monitoramento para obtenção irregular de informações.
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