Ministro de Israel publica novos ataques a Lula e mantém crise
Itamaraty esperava temperatura da crise diminuir para evitar discutir eventual expulsão de embaixador, mas posição pode mudar após vídeo
Antes do vídeo, o Itamaraty esperava que a temperatura da crise entre Brasil e Israel diminuísse para não precisar tratar de uma eventual expulsão do embaixador israelense no país.
No entanto, segundo fontes ouvidas pelo SBT News, a posição será revista após mais um ataque de autoridades israelenses ao presidente Lula. A publicação de Katz é vista pela diplomacia brasileira como de “baixo nível”.
Em um vídeo de 8 minutos, Rafaela Triestman relata os ataques e a morte do namorado Ranani Glazer e diz que se “entristece” com as declarações do presidente Lula.
“Me entristece muito que o país onde eu nasci, o país que eu chamo de casa se encontra nesta situação, onde o governo compara atitudes de Israel com o Holocausto. Israel que dá oportunidade para abrigos e quantas pessoas que moram em Gaza vivem aqui em paz. Não tem como chamar isso de genocídio”, disse a brasileira.
Declaração diplomática
Em discurso de abertura no encontro de chanceleres na cúpula do G20, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil segue atuando em busca da paz nos conflitos em curso no mundo, citando as guerras da Ucrânia e da Palestina. O chanceler brasileiro reforçou a posição do Brasil por mudanças na governança nas Nações Unidas e dos conselhos ligados ao órgão.
"As instituições multilaterais, contudo, não estão equipadas para lidar com os desafios atuais, como demonstrado pela inaceitável paralisia do conselho de segurança com relação aos conflitos em curso. Este estado de inação implica diretamente na perda de vidas inocentes. O Brasil não aceita o mundo onde as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar", disse.
Veja o vídeo publicado pelo ministro Israel Katz