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Política

Mauro Vieira afirma ter dito a Rubio que Brasil não discutirá questões de soberania com EUA

Ministro das Relações Exteriores esteve com o secretário de Estado do governo Trump em Washington

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O Brasil não reconheceu o resultado do pleito venezuelano | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira (5) que disse ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, que o Brasil está aberto para negociar temas comerciais, mas que questões relacionadas à soberania nacional não estão em discussão.

A declaração foi feita durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como Conselhão, realizada em Brasília.

Na semana passada, o chanceler esteve com Rubio em Washington, após o anúncio da imposição de tarifas de 50% sobre parte das exportações brasileiras. Apesar de 694 setores terem sido isentados da medida pela Casa Branca, produtos como carne, café, peixe e calçados serão afetados. As novas tarifas passam a valer a partir desta quarta-feira (6).

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Além do comércio, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) também foi mencionado pelo governo dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump associou a elevação das tarifas à “caça às bruxas” que, segundo ele, estaria sendo promovida contra Bolsonaro, seu aliado político, acusado de tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

A prisão de Bolsonaro na noite de segunda-feira (4) pode influenciar as negociações entre os dois países. O Departamento de Estado norte-americano, liderado por Rubio, criticou publicamente a decisão do ministro Alexandre de Moraes de determinar a prisão domiciliar do ex-presidente.

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"O ministro Moraes, agora um violador dos direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia", publicou o Bureau de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA na rede social X (antigo Twitter).

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Em outro trecho da postagem, o órgão norte-americano acrescentou: "Colocar ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!"

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