Polícia

CGU anuncia medidas contra auditor que agrediu mulher e criança no DF

David Cosac Junior espancou menino de 4 anos e mãe da criança, ex-namorada do agressor

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Câmera de segurança flagrou auditor da CGU agredindo mulher e criança em Águas Claras, no Distrito Federal | Reprodução
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A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou uma série de medidas contra o servidor David Cosac Junior, que agrediu uma mulher e o filho dela, de 4 anos, após desentendimento no dia 7 de dezembro, em Brasília. Por meio de nota, o órgão disse ter recebido o caso com "indignação" e afirmou que "já adotou providências imediatas".

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"Quero ser claro ao dizer que violência contra a mulher e contra crianças é crime. Não se trata de desentendimento, conflito privado ou questão pessoal. Estamos falando de agressão, de violação à lei e de afronta à dignidade humana", acrescentou o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho.
David Cosac, auditor da CGU | Reprodução/Redes sociais
David Cosac, auditor da CGU | Reprodução/Redes sociais

A CGU determinou:

  • Encaminhamento das notícias do fato à Corregedoria-Geral da União (CRG) e à Comissão de Ética da CGU, com a imediata abertura de investigação preliminar de responsabilidade, para apuração das responsabilidades ética e disciplinar, no âmbito das competências administrativas;
  • Revogação imediata da designação do servidor como substituto eventual da chefia imediata, com publicação da determinação em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) ainda nessa terça (23);
  • Proibição de ingresso do servidor nos prédios da Controladoria-Geral da União, enquanto as apurações estiverem em andamento, como medida administrativa necessária à preservação do ambiente institucional e ao regular andamento das apurações.

Entenda o caso

Nas imagens registradas por uma câmera de segurança, é possível ver o momento em que a mulher aparece segurando o filho, quando David começa a dar tapas na criança. O menino e a mãe caem no chão, mas as agressões não param. Em seguida, o servidor continuou atacando as vítimas e chegou a puxar a criança pelo braço.

Uma denúncia anônima encaminhada à Divisão de Controle de Operações Especiais (DICOE) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) levou policiais a um edifício residencial em Águas Claras, no Distrito Federal, após a suspeita de agressões contra uma mulher e seu filho. A comunicação incluía um vídeo que registraria o momento das agressões.

Os policiais foram até o local e, durante a abordagem, o agressor disse que havia terminado recentemente o relacionamento com a vítima. Os dois teriam se desentendido no momento, o que resultou em agressões físicas.

A delegada Elizabeth Frade, da 21ª Delegacia de Polícia, disse que as agressões teriam ocorrido porque o agressor queria que a criança saísse do colo da mãe para ajudá-lo a segurar as compras, mas a criança se recusou. No mesmo dia, a vítima relatou que estavam retornando de uma viagem e, na ocasião, ele também teria agredido a criança com uma chinelada.

A equipe policial orientou a vítima sobre a necessidade de apresentar o filho à 21ª DP, para que posteriormente fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), para realizar exames periciais.

A mãe e a criança foram encaminhados ao IML, e ambas apresentaram lesões. Até o momento, o homem não foi preso. Agora, o caso segue sendo investigado pela Seção de Atendimento à Mulher da 21ª Delegacia de Polícia, que dará continuidade às investigações.

Quem é o agressor

David Cosac Junior é mestre em Ciências de Dados, servidor público, Master Coach e educador financeiro, segundo publicação da Igreja Foi por Você. Desde 2016 ocupa cargo de auditor federal de Finanças e Controle da CGU. Ele também atua como palestrante.

Leia nota da CGU:

"Recebi, com indignação, as informações e imagens veiculadas na imprensa que mostram agressões praticadas por um servidor da Controladoria-Geral da União contra uma mulher e uma criança. Os fatos são gravíssimos e inaceitáveis.

Quero ser claro ao dizer que violência contra a mulher e contra crianças é crime. Não se trata de desentendimento, conflito privado ou questão pessoal. Estamos falando de agressão, de violação à lei e de afronta à dignidade humana.

O enfrentamento à violência contra a mulher é uma prioridade do Governo do Brasil e um dever das instituições públicas. A Controladoria-Geral da União reafirma, de forma inequívoca, o compromisso com os direitos humanos, com a ética e com a integridade do serviço público, e não vai se omitir diante de episódios como esse.

No campo criminal, os fatos devem ser apurados pelas autoridades competentes, nos termos da legislação penal.

No âmbito administrativo, a CGU já adotou providências imediatas. Os fatos divulgados indicam violação grave aos deveres funcionais previstos na Lei nº 8.112/1990, especialmente ao artigo 116, inciso IX, que impõe ao servidor público o dever de manter conduta compatível com a moralidade administrativa.

A CGU vai acompanhar o caso e adotar todas as providências cabíveis dentro das próprias atribuições, com rigor, responsabilidade e respeito ao devido processo legal."

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