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Política

Líder do PT na Câmara aciona Procuradoria da República para pedir prisão de Zambelli

Representação acusa deputada federal de fuga planejada após condenação pelo STF e tentativa de desestabilização institucional a partir do exterior

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O deputado Lindbergh Farias em debate na Câmara (Mario Agra / Câmara dos Deputados)
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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, protocolou nesta terça-feira (3) uma representação criminal junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

O parlamentar solicita a decretação da prisão preventiva da deputada, que anunciou que está fora do Brasil e deve se afastar do mandato. Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de reclusão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, relacionados ao ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça.

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Na representação, Lindbergh argumenta que Zambelli deixou o Brasil alegando motivos médicos, sem apresentar comprovação, e que sua defesa não conseguiu confirmar seu paradeiro. Segundo reportagens citadas no documento, há indícios de que a deputada teria viajado à Itália com o intuito de não retornar, tentando utilizar uma possível dupla cidadania para evitar a extradição.

“Ela não conseguiria segurar a onda de ser presa. Cadeia não é brincadeira!”, teria dito um aliado próximo.

Além da prisão preventiva, o deputado petista pede à PGR a inclusão do nome de Zambelli na difusão vermelha da Interpol, o cancelamento imediato de seu passaporte diplomático, o bloqueio dos valores recebidos via Pix — mais de R$ 285 mil, segundo consta — e a investigação por crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, obstrução de Justiça e atentado à soberania nacional.

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A representação afirma que a deputada integra uma estratégia coordenada de figuras da extrema-direita para deslegitimar o Judiciário brasileiro e fomentar campanhas antidemocráticas do exterior. O documento também associa o plano de Zambelli à atuação internacional de Eduardo Bolsonaro, que se licenciou para ficar nos Estados Unidos.

“A manutenção da representada no exterior, com apoio logístico, político e econômico, representa risco concreto à ordem pública e à soberania nacional”, diz o texto.

A defesa de Carla Zambelli ainda não se manifestou oficialmente. A deputada, até o momento, não apresentou documentação médica ou autorização judicial para sua saída do país. A Câmara dos Deputados também deverá ser comunicada sobre os desdobramentos processuais e possível perda de mandato da parlamentar, conforme prevê o documento apresentado por Lindbergh.

A representação está agora sob análise da PGR, que poderá decidir pela abertura de investigações e eventual pedido ao STF para decretar a prisão preventiva e outras medidas cautelares contra a deputada.

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