Haddad defende veto de Lula ao projeto da dosimetria o quanto antes
“Esse assunto precisa ser equacionado”, diz ministro da Fazenda


Eduardo Gayer
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu um veto célere do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei da dosimetria. O texto aprovado no Congresso reduz as penas para os condenados na tentativa de golpe.
Para Haddad, quanto mais cedo acontecer o veto, melhor. Ele também avaliou que a aprovação era “inevitável” no Congresso. É a mesma avaliação do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), criticado pela esquerda por ter combinado com a oposição de não obstruir a votação em troca do mesmo comportamento na análise da agenda econômica, importante para o governo.
“Quanto mais isso ficasse pra frente, mais o calor da eleição iria incidir sobre um tema que pode ser inclusive judicializado. Do ponto de vista prático, na minha opinião, a aprovação era inevitável no Senado. Eu penso que esse veto, o quanto mais cedo sair, melhor. Melhor para a agenda política do país”, afirmou. “Esse assunto precisa ser equacionado.”
Como revelou a analista Marcela Mattos, do SBT News, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), firmou um acordo com a oposição para não obstruir a votação do projeto da dosimetria em troca da votação da taxação de bets, fintechs, JCP e cortes de gastos tributários.
Embora não tenha se comprometido a votar a favor da redução de penas, o senador foi criticado publicamente pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que viu erro na articulação política.










