Empréstimo será feito para Correios se reestruturarem, diz Haddad
Ministro da Fazenda avalia que estatal terá de fazer parcerias para sair da crise


Eduardo Gayer
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (18) que o empréstimo a ser contratado pelos Correios com garantia do Tesouro será uma oportunidade para a estatal se reestruturar, inclusive com parcerias com o setor privado.
Os Correios enfrentam um déficit histórico e devem fechar com um consórcio de bancos um empréstimo de cerca de R$ 12 bilhões, com juros de 115% do CDI, tal como aprovado pelo Conselho de Administração da empresa. O Tesouro deve dar aval ao crédito até esta sexta-feira (19).
“É um empréstimo para os Correios se reestruturarem. Não é empréstimo para adiar o problema, é para resolver o problema”, afirmou a jornalistas. “Esse fôlego é para buscar as parcerias necessárias. Eu acredito que uma parceria vai ser necessária”.
De acordo com Haddad, a Caixa Econômica Federal estuda firmar uma parceria com a empresa postal. “A capilaridade dos Correios interessa aos produtos que a Caixa oferece. Não está nada firme, mas tem muita gente fazendo conta.”
O ministro ressaltou que o serviço postal é estatal na maior parte do mundo para garantir a universalização, já que a tarifa para envio de cartas não se paga. “Então, eu acredito que os Correios vão, depois dessa reestruturação, explorar vários caminhos, dentre os quais a possibilidade de parcerias com empresas públicas ou privadas”, declarou.









