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Política

Governo vê com preocupação indefinição do União sobre comando de ministério

Líder da legenda na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, foi indicado por Lula para Comunicações, que era de Juscelino Filho

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O deputado Pedro Lucas Fernandes em reunião (Marina Ramos/Câmara)
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A indefinição sobre a ida do líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, para o comando do Ministério das Comunicações é vista com apreensão pelo Palácio do Planalto.

Integrantes do governo Lula avaliam que a demora e uma eventual recusa ao convite do presidente Lula são interpretados como desrespeito.

A avaliação é que uma negativa do parlamentar pode levar o partido a perder espaço na Esplanada dos Ministérios, de modo que Lula opte por oferecer o comando da pasta das Comunicações ao PSD, partido que tem reivindicado mais espaço no governo.

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Para a ala mais governista dentro do União Brasil, essa seria uma perda de espaço considerável. Já para aqueles que defendem que o partido deixe de integrar a base do governo Lula, o movimento cairia como uma luva.

Nesta terça-feira (22), Pedro Lucas se reuniu com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre. Os dois protagonizam um "racha" dentro da legenda, que tem buscado - ainda sem sucesso - uma unificação.

Frustração

O líder do União Brasil na Câmara chegou a ser anunciado pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como o novo indicado para o comando do Ministério das Comunicações. O anúncio foi no último dia 10 de abril, após uma reunião com o presidente Lula.

Só que, logo depois, Pedro Lucas usou as redes sociais para dizer que ainda tomaria uma decisão conjunta com a bancada da legenda a respeito do assunto. A definição final ficaria para depois da Páscoa mas, até agora, nada de concreto aconteceu.

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Alguns deputados que integram a bancada do partido, e que falaram ao SBT em reservado, se disseram contrários à ida do colega de legenda para o governo. Há quem arrisque cravar que ele vai declinar do convite.

Entre esses parlamentares, o entendimento é que uma nova eleição para escolha de uma liderança dentro do União Brasil, neste momento, desgastaria ainda mais o partido.

Também ainda não haveria um nome de consenso para substituí-lo, já que o nome de Juscelino Filho - que deixou o Ministério das Comunicações e retornou à Câmara, encontra resistência. A vaga na pasta federal foi aberta justamente após a demissão de Juscelino, que é investigado por desvio de emendas parlamentares.

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