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Política

Gilmar Mendes elogia decisão de Moraes em liberar delação de Mauro Cid

Decano do STF disse que julgamento deve seguir devido processo legal

Imagem da noticia Gilmar Mendes elogia decisão de Moraes em liberar delação de Mauro Cid
Gilmar Mendes comentou decisão de Moraes que tornou pública delação de Cid | Paola Cuenca/SBT
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O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, elogiou nesta quinta-feira (20) a decisão do ministro Alexandre de Moraes em liberar as oitivas do tenente-coronel Mauro Cid. Moraes derrubou o sigilo dos depoimentos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) nessa quarta (19).

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"Houve uma medida também do ministro Alexandre que eu acho que é saudável. Que foi abrir as delações, especialmente a delação do [Mauro] Cid, de modo que todos saibam de que nós estamos falando, quais são os lastros. E acho que, a partir de agora, para a própria defesa, abre-se oportunidade de se fazer uma defesa adequada", disse o ministro no Instituto de Migrações e Direitos Humanos, em Brasília.

Mendes também disse que ninguém no Supremo quer fazer um processo de Torquemada – referência ao Grande Inquisidor da Igreja Católica da Espanha no século XV. "Nós queremos o devido processo legal e para isso é preciso que haja verdades materiais", afirmou.

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A decisão foi tomada poucas horas depois de a PGR apresentar denúncia contra Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado. Com isso, o conteúdo da colaboração de Cid se tornou público.

Nas oitivas, o tenente-coronel afirmou que o ex-ministro e general Walter Braga Netto era o operador dos supostos planos de golpe de Estado e dos atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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De acordo com a oitiva realizada em 5 de dezembro de 2024, Cid declarou que Bolsonaro tinha conhecimento de todo o esquema para se manter no poder.

Nesta quinta, Moraes também retirou o sigilo de vídeos da delação premiada de Cid. No material, o militar forneceu detalhes a Moraes sobre a suposta tentativa de golpe de Estado e aponta diretamente a participação do ex-presidente.

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