Exclusivo: Marco Cepik, número 2 da Abin, renuncia ao cargo
Motivação da saída do diretor-adjunto ainda é desconhecida; Rodrigo Aquino deve substituí-lo

Caio Crisóstomo
O diretor-adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Marco Cepik, número 2 da agência, renunciou ao cargo na manhã desta segunda-feira (10).
Ele deve ser substituído pelo secretário de Planejamento e Gestão, Rodrigo Aquino, o número 3 da Abin.
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Segundo apurou o SBTNews, há semanas o diretor-adjunto já estava esvaziando o local onde estava trabalhando. Ele também pediu transferência da Universidade do Rio Grande Sul para UnB (Universidade de Brasília).
A saída acontece também em meio o avanço das investigações da Polícia Federal sobre existência de um grupo paralelo na agência. No entanto, o inquérito passou a mirar a atual cúpula da agência. Cepik não é investigado.
Cepik é doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, da Universidade Cândido Mendes (Iuperj/Ucam), e tem pós-doutorados pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
Em nota, a Abin informou que ficou sabendo da decisão de Cepik na manhã desta segunda e que a transição do cargo ocorrerá durante todo o mês de março.
De acordo com a agência, o professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) pretende dar continuidade a projetos acadêmicos.
Cepik atuou como diretor da Escola de Inteligência (Esint) entre 2023 e 2024 e, desde então, exerce o cargo de diretor-adjunto.