Publicidade
Política

"Abin paralela": PF deve indiciar 2 da atual cúpula a partir de documento de ex-corregedora

Investigados são suspeitos de dificultar ou impedir apurações; inquérito está aberto sem conclusão há dois anos

Imagem da noticia "Abin paralela": PF deve indiciar 2 da atual cúpula a partir de documento de ex-corregedora
Entrada da Agência Brasileira de Inteligência | Antonio Cruz/Agência Brasil
• Atualizado em
Publicidade

A Polícia Federal (PF) deve indiciar ao menos dois integrantes da atual direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no inquérito da "Abin paralela", que investiga o uso da agência para espionar desafetos do governo Jair Bolsonaro (PL).

No relatório final, a equipe de investigação da PF deve usar um documento da ex-corregedora da Abin, Lidiane dos Santos, em que relata casos de assédio moral da atual gestão da agência.

+ "Abin paralela": PF encontra computadores funcionais usados por Ramagem e sucessor na sede da agência

Segundo apurou o SBTNews, a PF deve indiciá-los por embaraçamento às investigações (dificultar ou impedir a apuração de um crime) e coação no curso do processo.

O documento produzido pela ex-corregedora da Abin relata vários casos de pressão que teria sofrido da atual gestão durante as investigações internas sobre o FirstMille, software espião usado para "investigar" desafetos do governo Bolsonaro.

Vários depoimentos de agentes da Abin também serão usados para materializar os supostos crimes cometidos pelos dois integrantes da atual gestão da Agência de Inteligência.

A equipe de investigação também reuniu alguns casos de embaraçamento através de documentos e mensagens. Como, por exemplo, tentativas de intimidações para os colabores das apurações e dificuldade de acesso a informações relevantes. Em nota, a Abin disse que não se manifestará sobre investigação em andamento.

+ “Abin paralela”: Investigação aponta que equipe de Ramagem tentou esconder relatório de espionagem sobre caso de Renan Bolsonaro

O inquérito tramita sob relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele está aberto, sem conclusão há quase dois anos.

A PF pediu mais tempo -sem estabelecer um período- para concluir as investigações e entregar o relatório final. Agora, a decisão cabe a Moraes.

Em um relatório, divulgado em janeiro de 2024, a PF já deu indícios de um possível "conluio" da gestão da Abin sob Lula (PT) com investigados da "Abin paralela".

O caso, inclusive, ensejou a demissão de Alessandro Moretti, delegado da PF e ex-número 2 da Abin. + Lula exonera Alessandro Moretti, número 2 da Abin

Publicidade

Assuntos relacionados

Abin
Governo Lula
Jair Bolsonaro
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade