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Política

Ex-chefe do GSI, general Heleno usa delação de Cid para se defender de plano de golpe

Tido com um dos mais leais a Bolsonaro, militar afirma que não há provas contra ele e que sua preocupação era com a saúde mental do então presidente

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O general Heleno ao lado de Bolsonaro em outubro de 2019 (Carolina Antunes/PR)
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Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno alegou que não teve qualquer participação no suposto plano de golpe. Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele é um dos 34 acusados pelo Ministério Público Federal de crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Augusto Heleno é considerado um dos militares mais próximos e leais ao ex-presidente Bolsonaro. Na sua defesa, Heleno afirma que em um de seus depoimentos, o tenente-coronel Mauro Cid, delator do esquema, o isentou de culpa.

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"Não demonstra, o órgão acusador, nenhuma atuação ou mesmo comparecimento do Denunciado em qualquer reunião com comandantes de força, nenhuma mensagem do aplicativo WhatsApp falando sobre o tema (vale relembrar que seu celular pessoal foi apreendido e nada foi apontado), ou mesmo testemunha que o implicasse, nenhuma postagem em rede social, nenhuma atuação ou comparecimento nos acampamentos ocorridos em frente aos quartéis, e, por fim, nem mesmo das palavras do delator (principal fonte de prova da investigação) sobre sua participação ou atuação nessa alegada empreitada criminosa, nada se extrai exceto que o denunciado se preocupava com a saúde física e psicológica do então presidente", diz o documento enviado pelos advogados de Heleno.

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O general ainda solicitou a convocação de 17 testemunhas que poderiam embasar sua tese. Nesse rol estão o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e o senador, ex-vice-presidente e general Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Também solicitou que o ex-chefe do GSI do governo Dilma Rousseff (PT), o general José Elito Carvalho Siqueira, seja aceito como sua testemunha.

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