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Deputada Talíria Petrone diz que Justiça para Marielle é para "fechar uma fratura na democracia"

Comissão de Constituição e Justiça não conseguiu fechar um acordo para decidir sobre futuro de Chiquinho Brazão, suspeito de ser o mentor do crime

Deputada Talíria Petrone diz que Justiça para Marielle é para "fechar uma fratura na democracia"
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A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), em entrevista ao Brasil Agora do SBT News nesta quarta-feira (27), afirmou que, mesmo sendo amiga pessoal da vereadora Marielle Franco, a Justiça para seu assassinato não tem a ver um desejo individual, mas “com tentar fechar uma fratura na democracia brasileira”.

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Ela disse à apresentadora Isamin Costa que a movimentação na Câmara será dividida em duas solicitações: a manutenção da ordem de prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem Partido-RJ) pelo assassinato de Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes e o pedido de cassação do mandato.

Apesar de não enxergar uma “possibilidade de a maioria dos deputados se posicionarem favoráveis a um mandato de um parlamentar com fortes suspeitas”, a parlamentar disse estar “frustrada” com o adiamento da decisão sobre a prisão do deputado, nesta terça-feira (26).

Por falta de acordo entre os legisladores, a análise da prisão do deputado foi adiada na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). Embora tenham se reunido por uma hora antes do início da sessão da CCJ, a discussão não resultou em uma conclusão. Enquanto não houver uma resolução definitiva, Brazão permanecerá detido.

+Deputado apresenta relatoria favorável a manter Chiquinho Brazão preso pelo caso Marielle

Os deputados Gilson Marques (Novo-SC), Roberto Duarte (Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP) solicitaram vista do caso, ou, mais tempo para análise das investigações e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O primeiro movimento, que eu confesso que fiquei muito frustrada ontem na Câmara, é o de ratificação da prisão. Porque isso significa proteger a sociedade, isso significa proteger os próximos passos da investigação. Quando você mantém os mentores intelectuais de um crime político brutal presos, você protege toda a investigação que já foi obstruída nos últimos seis anos. Eu estava concentrada nessa ratificação da prisão. O próximo passo é o pedido de cassação. Mas, infelizmente, a gente travou nisso. Nem esse primeiro passo a Câmara deu ainda”, ponderou Talíria.

Conforme confirmado pela deputada, o Congresso Nacional só deve debater novamente o caso de Brazão “em torno de 9 e 10 de Abril”.

+ Lira nega antecipar análise da prisão de deputado suspeito de mandar matar Marielle Franco

“Olha, fui amiga de Marielle, como muitos sabem, fui vereadora em Niterói, Marielle no Rio, para quem não sabe são cidades muito próximas, mas estou falando como uma representante do povo brasileiro, isso não tem a ver com o nosso desejo de Justiça, individual, tem a ver com tentar fechar, que nem sei se será possível, uma fratura na democracia brasileira”, disse a parlamentar.

Questão da federalização

A deputada também se manifestou a favor da federalização das investigações para que crimes cometidos por milicianos. Para ela, o combate às milícias “é uma tarefa de todas as instituições brasileiras".

Segundo Talíria, existe uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que a federalização das apurações sobre esse tipo de crime. Para ir a votação no Plenário, a proposta precisa da adesão de ao menos 171 deputados federais.

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