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Gilson Marques se diz "triste" com suspeita de beneficiar Chiquinho Brazão após pedir mais tempo para análise na CCJ

Comissão não conseguiu fechar um acordo para decidir sobre futuro de Brazão, acusado de mandar matar Marielle

Gilson Marques se diz "triste" com suspeita de beneficiar Chiquinho Brazão após pedir mais tempo para análise na CCJ
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O deputado Gilson Marques (Novo-SC), em entrevista ao Brasil Agora do SBT News nesta quarta-feira (27), se disse “triste” com o argumento de que ele e outros congressistas de oposição estariam tentando proteger Chiquinho Brazão (Sem Partido-RJ). Na terça (26), por falta de acordo entre legisladores, a análise da prisão do deputado preso pelo assassinato de Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, foi adiada na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ).

+Deputados adiam decisão sobre a prisão de deputado acusado de mandar matar Marielle Franco

Marques disse compreender os ânimos da sessão, mas que governistas e partidos de esquerda estavam colocando as emoções à frente da liturgia da Comissão. “Eu de fato não entendi a crítica e acho que eles não entenderam como funciona o processo interno da CCJ”, afirmou.

“Eu acho que tem realmente uma sensação, uma intenção de fazer justiça, uma decisão emocional, uma decisão de acabar logo. Naquele dia teve também a sessão solene, então estava muito no calor da pele, e talvez soou como uma proteção o adiamento quando é o contrário”, ponderou o nome do Novo.

Não houve votação devido a uma sessão marcada por desentendimentos e debates acalorados entre os deputados. Embora tenham se reunido por uma hora antes do início da sessão da CCJ, a discussão não resultou em uma decisão conclusiva. Enquanto não houver uma resolução definitiva, Brazão permanecerá detido.

O deputado solicitou um pedido de vista, o que permite mais tempo para análise pelos parlamentares, argumentando ser necessário examinar minuciosamente o relatório final da Polícia Federal e a decisão do ministro Alexandre de Moraes que fundamentou a prisão. Outros deputados também apoiaram o adiamento: Roberto Duarte (Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP).

Com essa decisão, a CCJ tem agora um prazo de 72 horas para responder à determinação do STF. Se não ocorrer a votação, devido à alteração no calendário devido ao feriado de Páscoa, o presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL), pode encaminhar a questão diretamente ao plenário da Câmara, sem necessidade de uma conclusão da comissão.

+ Lira nega antecipar análise da prisão de deputado suspeito de mandar matar Marielle Franco

Ao responder o questionamento da apresentadora Iasmin Costa, sobre se as críticas vinham pelo fato politizado do crime e o deputado ser de um partido de oposição, Gilson Marques afirmou que a demora para elucidação completa do crime é também uma reclamação sua e justificou o pedido de vista.

“Todo preso quer ser votado, inclusive a própria defesa e o próprio Chiquinho, se perguntar para ele se quer ser votado, ele vai dizer: eu quero hoje, eu quero ontem, eu quero o quanto antes. E os seis anos em que ele estava solto e a demora, realmente existe uma reclamação, mas essa reclamação é minha também. É totalmente injusto um processo demorar seis anos e mantê-lo solto. Agora que ele está preso, vamos ter pressa? Eu realmente não compreendo esse argumento”, justifica.

+Deputado apresenta relatoria favorável a manter Chiquinho Brazão preso pelo caso Marielle

Questão da federalização

Apoiando-se na polarização do caso, Gilson Marques (Novo-SC) disse que foram os deputados alinhados ao governo que “foram contra a federalização”. Entretanto, pegando o histórico do assunto no Congresso Nacional, foi ainda no governo Temer (MDB), em agosto de 2018, que o requerimento nº 10 foi apresentado. A ementa que solicitava a “Procuradoria Geral da República o incidente de deslocamento de competência” era de autoria da deputada petista Maria do Rosário.

Foi somente na mudança na presidência, início do governo Bolsonaro (PL) e gestão Sergio Moro (União Brasil-PR) na pasta da Justiça, que parlamentares se manifestaram veementemente contrários à transferência da investigação e defenderam que ela continuasse sob responsabilidade da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

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